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Olhar e falar para fora da própria bolha – é assim que a 5.ª edição da Trienal de Arquitectura se quer apresentar este ano. Sob a temática A Poética da Razão, a Trienal arranca esta quinta com os Dias Inaugurais (até sábado) e prolonga-se até 2 de Dezembro com exposições, workshops e conferências.
“Todos temos direito a entender a arquitectura sem ter conhecimento prévio especializado nesta área”, pode ler-se em comunicado. O objectivo é pôr em perspectiva a racionalidade necessária para que a arquitectura seja entendida por todos: “o facto de a arquitectura ser fundada na razão e na racionalidade é fundamental para a sua compreensão ou seja, para ser partilhável por todos, e não apenas por arquitectos”.
As habituais quatro exposições nucleares passam a cinco, e que inauguram de quinta a sábado durante os Dias Inaugurais. O MAAT recebe na quinta “Economia de Meios” (até 13 de Janeiro), com a curadoria de Éric Lapierre, que mostra como a massificação da construção afectou a arquitectura. Ao Museu de Arte Contemporânea chega “Espaço Interior” (até 2 de Dezembro), curada por Mariabruna Fabrizi e Fosco Lucarelli, e que mostra como arquitectos e artistas de diferentes épocas conceberam sistemas racionais para materializar os seus universos visuais, físicos e mentais. No mesmo dia, a Culturgest acolhe “O Que é o Ornamento?" (até 1 de Dezembro), sobre a importância do ornamento na construção e como afecta a história da arquitectura – os curadores são Ambra Fabi e Giovanni Piovene.
No Palácio Sinel de Cordes estará “Beleza Natural” (até 2 de Dezembro), comissariada por Laurent Esmilaire e Tristan Chadney, e que assenta na premissa da racionalidade da arquitectura.
No Centro Cultural de Belém, a Garagem Sul será ocupada no sábado pela “Do Lado do Campo: Permacultura para Arquitectos” (16 de Fevereiro), que explica a estreita ligação entre a agricultura e a arquitectura. Nessa noite, há uma Garden Party no Jardim das Oliveiras do CCB.
E, a partir dos temas das exposições, de 28 a 30 de Novembro, tem lugar na Gulbenkian o programa Talk Talk Talk, que, traduzido por miúdos, são debates e reflexões sobre a razão estar na base da arquitectura.