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Um ano cheio de Força: ‘Ahsoka’ é a nova série Star Wars

A Lucasfilm acrescenta ao catálogo a quinta série Star Wars em imagem real. ‘Ahsoka’ é o nome da produção e também da protagonista, uma ex-aprendiz de Jedi que já mostrou a sua força noutras aventuras. Estreia a 23 de Agosto, no Disney+.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
Rosario Dawson
©Lucasfilm Ltd. & TM. All Rights Reserved.Ahsoka Tano (Rosario Dawson)
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Primeiro, as contas. Nove filmes que são os principais episódios do universo Star Wars (três trilogias lançadas entre 1977 e 2019), mais três filmes com histórias mais ou menos independentes (Han Solo, Rogue One e a animação A Guerra dos Clones) e quatro séries (The Mandalorian, O Livro de Boba Fett, Obi-Wan Kenobi e Andor). Se não contarmos com uma variada panóplia de séries de animação (com destaque para The Clone Wars) e mais umas quantas produções em imagem real a caminho, como Skeleton Crew (2023), The Acolyte (2024) e Lando (ainda sem datas). É uma empreitada cada vez mais difícil de acompanhar em tempo útil, mas a Luscasfilm, hoje subsidiária da Walt Disney, está numa missão e a 23 de Agosto estreia mais uma série no Disney+: Ahsoka.

O nome da nova série é familiar a quem tem estado atento ao desenrolar deste universo. Ahsoka é o nome de uma ex-aprendiz de Jedi (padawan) de Anakin Skywalker antes de este se mudar para o lado negro da Força, que será mais uma vez interpretada por Rosario Dawson (Dopesick), actriz que já vestiu a pele de Ahsoka Tano em dois episódios de The Mandalorian e O Livro de Boba Fett, realizados por Dave Filoni, o homem que assume o mesmo cargo nesta nova série (assim como noutras produções Star Wars passadas), além de ser o principal argumentista. Ahsoka Tano é uma personagem recorrente em várias produções, em concreto nas séries de animação Tales of the Jedi (em que começa por aparecer como bebé logo no primeiro episódio), The Clone Wars e Rebels – e a série Ahsoka situa-se na linha do tempo que sucede à queda do Império, ou seja, após o filme Star Wars: Episódio VI – O Regresso do Jedi (1983), tal como The Mandalorian e O Livro de Boba Fett, numa altura em que Ahsoka investiga uma ameaça emergente numa galáxia mais vulnerável. A Ahsoka, da espécie Togruta, juntam-se Sabine Wren, uma guerreira Mandalorian, interpretada por Natasha Liu Bordizzo (The Society); e Hera Syndulla, a líder revolucionária da espécie Twi'lek, pela actriz Elizabeth Winstead (Fargo).

AHSOKA
©Lucasfilm Ltd. & TM. All Rights Reserved.Ahsoka Tano (Rosario Dawson) e Sabine Wren (Natasha Liu Bordizzo)

Num conjunto de perguntas e respostas, divulgado pela Walt Disney e realizado durante o desenvolvimento da série (bem antes da greve dos argumentistas norte-americanos, representados pelo Writers Guild of America), Dave Filoni responde à questão sobre se esta é uma personagem “mais contemporânea”. “Não penso necessariamente na Ahsoka como contemporânea. Na verdade, sempre tentámos escrevê-la de uma forma intemporal. Agora é uma adulta, mas o passado dá-nos uma visão do seu comportamento e das razões que a levam a ser como é. Foi um longo caminho para a desenvolver a partir da jovem padawan de Anakin e, a partir daí, tornou-se numa personagem muito especial por direito próprio. Queríamos que as crianças seguissem o seu carácter e vissem as escolhas que ela faz. Ela não é perfeita; tem defeitos. Tinha muito a aprender. Quanto mais histórias contamos, mais começamos a ocupar todo este espaço na vida dela, por isso continuo a tentar encontrar formas de tornar a sua história completa e emocionante. Estou a contar a história dela há quase vinte anos, o que é difícil de acreditar”. É que Feloni foi também responsável por outras produções de animação Star Wars, como Rebels ou The Clone Wars.

Mas quem não perdeu o seu crescimento não tem com o que se preocupar, garante o realizador. "É uma continuação, mas não é preciso ter visto The Clone Wars para apreciar a história. Esperemos que, se eu tiver feito bem o meu trabalho, esta história seja clara e que se identifiquem com as personagens e as suas relações”, diz o homem cuja carreira profissional também cresceu com este universo. “É estranho, porque a história da Ahsoka e a sua viagem e crescimento reflectiram a minha própria história como realizador”, diz, sublinhando que a transição para imagem real “foi uma grande mudança”, uma vez que em animação é mais fácil “controlar todos os pormenores e até mudar das coisas no final, se quisermos um aspecto ou uma expressão diferente”. O que o leva a elogiar o trabalho de Dawson. “O facto de alguém com o calibre e o talento dela querer calçar os sapatos de Jedi foi incrível. É espantoso vê-la a trabalhar.”

Ao talento, a actriz juntou os ensinamentos da mestre de artes marciais Ming Qiu, que já colaborou em mais de uma centena de séries e filmes, mais recentemente em Mulan (2020) ou Matrix Resurrections (2021). Numa entrevista à Variety, em Maio do ano passado, Rosario Dawson falou sobre o processo de trabalho para Ashoka. “Encarnar uma personagem, literalmente, fisicamente, todos os dias, trouxe um outro nível de experiência ao trabalho num projecto e ao dar vida a uma personagem”, revelou, confessando que a construção do personagem foi feita ao contrário. “Muitas vezes, pego em pedaços de uma personagem e depois adiciono muito de mim própria, em coisas da minha experiência e do que tenho para extrair. Mas isto vai absolutamente na direcção oposta e ela [Ashoka] está a influenciar-me muito. Tem sido tão poderoso estar nesta viagem, ser levada com ela; não é algo que eu pudesse ter esperado ou sonhado, por isso é realmente fora deste mundo.”

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