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Um Drácula para o século XXI

Escrito por
Eurico de Barros
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O conde Drácula da nova série da Netflix, criada pelos mesmos autores de Sherlock, é interpretado pelo dinamarquês Claes Bang e promete muito terror e também humor negro.

Depois de Sherlock Holmes, Drácula é a segunda personagem da literatura de ficção mais filmada pelo cinema e pela televisão. O vampiro criado por Bram Stoker em 1897 e inspirado na figura do príncipe da Valáquia Vlad II, ou Vlad Drakul, o Impalador, já foi objecto das mais variadas reinterpretações em filmes e séries, incluindo comédias, títulos pornográficos e de blaxploitation, onde assume a figura de um vampiro negro. A nova série Drácula que a Netflix estreia no início de 2020 é, precisamente, uma criação dos mesmos autores de Sherlock, Steven Moffat e Mark Gatiss, que transporta o imortal detective de Sir Arthur Conan Doyle, agora interpretado por Benedict Cumberbatch, para a Londres do século XXI, acompanhado pelo indispensável Dr. Watson (Martin Freeman). Gatiss e Moffat tiveram a ideia para este novo Drácula ao verem uma fotografia da silhueta de Cumberbatch vestido como Sherlock Holmes e a fumar cachimbo, e notaram que se parecia com a do conde Drácula. Decidiram então pegar na personagem de Bram Stoker e conceber uma nova versão da história do vampiro que viaja da Transilvânia para a Inglaterra de finais do século XIX em busca de sangue novo.

A dupla decidiu que, desta vez, Drácula seria o protagonista principal da história, caracterizando-o como um anti-herói que sobrevive há quatro séculos e cuja personalidade reflecte essa longa existência. Steven Moffat e Mark Gatiss estabeleceram logo desde o início que não queriam que o seu Drácula fosse interpretado por um actor inglês, tendo acabado por escolher para o papel o dinamarquês Claes Bang, do filme O Quadrado, de Ruben Ostlund, que ganhou o Festival de Cannes em 2017. Moffat e Gatiss revelaram ainda que este seu Drácula para o século XXI não poupa no terror e vem acompanhado por alguma comédia negra. Ou seja, as dentadas no pescoço não vão ser obstáculo ao riso.

Netflix. Sex (estreia)

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