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Viva caro leitor. Obrigado por se juntar a mais uma avaliação rigorosa, independente e objectiva do Provedor do Lisboeta. É com prazer que o acolho neste espaço para esmiuçar mais um tema que anda a encanitar os lisboetas: as trotinetas.
Estes skates com guiador começaram a brotar por toda a cidade há meio ano, mas a sua presença mais dominante nem é nos passeios de Lisboa – é nas redes sociais.
E agora é aquela parte em que revelamos ao nosso indignado seguidor que este é um texto-cavalo-de-tróia. Senhor e senhora que o partilhou no Facebook sem abrir o link, as nossas desculpas (mas é bem feita!).
Não vamos reproduzir o renhénhénhé das redes sociais nem introduzir mais ruído nessa caixa de ressonância que é a internet. Vamos, antes, levantar uma questão: por que é que há tanta animosidade contra as trotinetas e tão pouca indignação quanto a carros em segunda fila, automóveis em cima do passeio ou a quantidade brutal de espaço público ocupado pelos carros?
Há vezes em que, numa foto de uma trotineta perdida, vemos em segundo plano um carro em cima de uma passadeira, uma viatura em segunda fila a empatar o trânsito ou um veículo de quatro rodas galgando um passeio.
As trotinetas são irritantes porque são uma novidade. Porque são muitas e formam um enxame. Mas por que não aproveitar este novo ímpeto de justiça rodoviária para perseguir os prevaricadores mais persistentes, chatos e volumosos? Ficamos à espera dessas fotos de um carro em cima de uma árvore.
O Provedor do Lisboeta é um vigilante dos hábitos e manias dos alfacinhas e de todos aqueles que se comportam como nabos e repolhos nesta cidade. Se está arreliado com alguma coisa e quer ver esse assunto abordado com isenção e rigor, escreva ao provedor: provedor@timeout.com
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