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Uma colher, uma terrina e um Domingos Sequeira. Há novas aquisições nos museus e palácios nacionais

Em 2024, duas dezenas de aquisições estatais vieram enriquecer os acervos de museus e palácios nacionais. Na arte contemporânea, 51 novas obras integram a colecção do Estado.

Mauro Gonçalves
Escrito por
Mauro Gonçalves
Editor Executivo, Time Out Lisboa
Museu de arte antiga
Paulo Alexandrino | | Museu de arte antiga, MNAA
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A Museus e Monumentos de Portugal divulgou esta quinta-feira a lista de peças adquiridas em 2024 no âmbito da Comissão para a Aquisição de Bens Culturais para os Museus e Palácios Nacionais e da Comissão para a Aquisição de Arte Contemporânea. São 61 as peças compradas pelo Estado, num valor total que 1.914.000 euros, sendo que 654 mil euros – correspondentes a sete peças – dizem respeito a aquisições propostas em 2023, ainda com a antiga DGPC, mas cuja aquisição escorregou para o ano seguinte.

Entre pinturas, antiguidades, jóias e até documentos, as duas dezenas de peças vêm agora enriquecer os acervos de museus e palácios, com destaque para o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, que incorpora seis destas aquisições, e o Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, que tem quatro novas peças para mostrar. No total, estas aquisições representaram 1.114.000 euros.

Das aquisições propostas e feitas no ano passado, a mais avultada é uma colher em marfim produzida na região do Golfo da Guiné com Portugal como destino. Custou ao Estado 200 mil euros e tem como destino o Museu Nacional de Arte Antiga, juntamente com uma maquete de um sala palaciana, fabricada no século XVIII, um tríptico do século XVI, uma aguarela de Lourenço da Cunha, pintor setecentista português, um desenho de Cirillo Volkmer Machado e a pintura A Moeda de César, de Domingos Sequeira, aquisição no valor de 29 mil euros, proposta pelo director do museu ainda em 2023.

No acervo do Palácio Nacional da Ajuda há um novo retrato de D. Maria II. Logo ao lado, o Museu do Tesouro Real incorporou uma nova escultura em âmbar e lápis lazúli que custou ao Estado 420 mil euros. Para o Palácio Nacional de Mafra segue uma rara terrina em prata, da qual se conhecem apenas mais três exemplares e que custou ao Estado mais de 32 mil euros. A ela juntam-se uma partitura de Marcos Portugal e um livro do século XIX – L'imitation de Jésus-Christ – oferta do imperador francês ao rei D. Pedro V.

Ainda em Lisboa, de assinalar a integração de seis sarrusofones no acervo do Museu Nacional da Música, de mais de 500 libretos de ópera no Museu Nacional do Teatro e da Dança e da obra Auto-retrato, de Maria Manuela Madureira na colecção do Museu Nacional do Azulejo.

No Porto, o Museu Nacional Soares dos Reis será possível encontrar a aguarela Cena de interior com grupo familiar da casa dos marqueses de Pombal (século XVIII), comprada por 67 mil euros, mas também 200 chapas fotográficas de Aurélia de Souza, a pintura Pátio do Martel, de José Malhoa, e uma cama de campanha inglesa do século XIX. Em Coimbra, o Museu Machado de Castro incorpora duas obras, entre elas um modelo em terracota da estátua equestre de D. José I.

Também a Colecção de Arte Contemporânea do Estado (CACE) foi enriquecida com novas aquisições em 2024. A Museus e Monumentos de Portugal dá conta de 51 novas obras integradas na colecção, da autoria de 44 artistas de várias gerações, com um montante determinado pelo Estado de 800 mil euros.

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