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Vai ser possível viajar num “comboio flutuante” mais rápido do que um avião

A China está a testar os seus novos comboios Hyperloop – que poderão estar operacionais em 2034.

Liv Kelly
Escrito por
Liv Kelly
Contributing Writer
Shanghai Maglev train
Photograph: Shutterstock
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As infra-estruturas de transportes estão a dar saltos gigantescos neste momento, com todas as notícias sobre planos para construir túneis submarinos e desenvolver mais aviões supersónicos – e agora a indústria ferroviária está envolvida.

A China está actualmente a desenvolver comboios flutuantes – sim, leu bem –, com o objectivo de tornar rápidas (e quando dizemos rápidas, estamos a falar a sério) as viagens dos passageiros entre os seus principais centros.

Os comboios Hyperloop, que parece que saem disparados pelo ar em construções semelhantes a tubos, estão actualmente a ser testados, sendo o actual recorde de velocidade de 623 km/h.

No entanto, os responsáveis pelo projecto afirmam que o comboio tem a capacidade para atingir 999 km/h (o que seria mais rápido do que um avião comercial) e, no futuro, talvez até ultrapasse a barreira do som.

Mas como é que estas coisas funcionam? Bem, ponham os vossos bonés científicos. Os comboios Hyperloop (o novo modelo da China chama-se T-Flight) utilizam algo chamado levitação magnética – ou maglev – em que a força magnética eleva as carruagens acima dos carris, eliminando as rodas e reduzindo o atrito.

Os comboios passam por tubos de níveis baixos de vácuo, com uma baixa pressão de ar, e é isso que os leva a atingir velocidades tão incompreensíveis. O comboio mais rápido actualmente em funcionamento é o Maglev de Xangai, mas o Japão espera lançar a série L0 em 2025.

Quanto ao T-Flight, é provável que tenhamos de esperar mais dez anos, mas alguns já o consideram um sucesso.

Andrés de León, director executivo da empresa norte-americana HyperloopTT, disse ao IFLScience que "o sucesso da China é uma demonstração clara de que a tecnologia hyperloop não é um sonho distante, mas uma realidade que está a emergir rapidamente". 

O especialista em comboios The Man in Seat 61 é menos optimista, mas acredita que "se alguém conseguir pô-lo a funcionar, serão os chineses", segundo o The Telegraph.

Ainda assim, o comboio Hyperloop não se livra da controvérsia – os tubos necessários para os comboios circularem exigem uma infra-estrutura completamente nova e, como já deve ter adivinhado, isso custa muito dinheiro.

Estes comboios também nunca serão uma experiência calma e cénica, uma vez que estará confinado a um tubo de alta velocidade. Para isso, tem sempre os comboios antigos

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