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Empurrados pela gentrificação, desesperados com a crise da habitação e indignados com a apropriação, os lisboetas andam zangados com a cidade. Viram costas a bairros como a Baixa e o Chiado e reinventam-se noutros lados, noutras ruas, sem nunca perder o fôlego, o rasgo, a criatividade. Sente-se a tensão, a incerteza está no ar, mas a cidade está viva, com o coração a bater a um ritmo frenético. Todos os dias, a toda a hora, à beira do centro ou nas periferias que há poucos anos não eram mais do que dormitórios apagados, há novos projectos a nascer, mais espaços para descobrir. E foi isso que fomos fazer, como sempre temos feito nos últimos 16 anos: percorrer os bairros onde tudo está a acontecer, conhecer as pessoas que os estão a fazer mexer. Os lisboetas andam tristes com a cidade, mas consegue ouvir lá ao fundo? É o coração a bater, e não dá sinais de parar. Difícil é acompanhar a sua frequência. Mas vale a pena tentar. Nós tentámos – e que bom que foi.
Na edição de Outono da Time Out Lisboa, além de um roteiro por sete bairros da cidade, vai ainda encontrar uma grande entrevista com a artista Joana Vasconcelos no regresso a Lisboa e a experiência na primeira pessoa na Timeleft, a aplicação que organiza jantares com desconhecidos. Descubra as tatuagens dos chefs num portefólio com muita pinta, conheça a comunidade sul-coreana em Lisboa, espreite os bastidores do Oceanário e fique a saber porque é que os bilhetes para concertos são tão caros – e mesmo assim esgotam num piscar de olhos.
Os críticos gastronómicos sentaram-se às mesas do Anfíbio, do Corrupio e do Verde Gaio e o cronista Salvador Martinha aproveitou a última página da revista para se despedir de Campo de Ourique, o seu bairro preferido.
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