Notícias

Vietnamita, tailandês ou coreano? No Street Chow, "há um pouco de tudo"

Da rua para o prato, o Street Chow quer dar a provar sabores clássicos e autênticos. Há pad thai, bo bun e hambúrgueres coreanos.

Beatriz Magalhães
Escrito por
Beatriz Magalhães
Jornalista
street chow
© Francisco Romão PereiraStreet Chow
Publicidade

Na cozinha, há espaço para o Vietname, para a Tailândia e para a Coreia. No prato, a simplicidade e autenticidade dos sabores asiáticos querem dar a provar criações inspiradas na comida de rua destes países. Do pad thai ao bo bun, dos noodles ao curry, o Street Chow, em Picoas, quer proporcionar uma experiência de comunhão e convívio à volta da mesa. 

Bertrand é francês. Viveu um pouco pela Europa fora e, durante dez anos, esteve na Suécia, de onde é a sua mulher. Em 2018, deu início a uma nova aventura e embarcou para Portugal. A restauração sempre fez parte da sua vida e, por isso, quando aterrou em solo português não foi diferente e criou o conceito do Street Chow. “Gosto muito de viajar, a comida de rua, para mim, é a essência da cultura de um país e, quando estou a viajar, gosto de encontrar sítios pequenos onde encontro essa comida”, afirma Bertrand, durante um almoço no Street Chow, destacando o particular pela comida asiática.

street chow
© Francisco Romão PereiraBertrand, proprietário do Street Chow

O restaurante habita no lugar de uma antiga pastelaria. É pequeno, mas as grandes janelas deixam entrar a luz natural e tornam o espaço maior. A estética descontraída e inspirada no design de interiores escandinavo percorre o mobiliário e a decoração, em que predomina a cor e a madeira clara. Porém, esta não foi a primeira casa do Street Chow. Antes de ser restaurante, o Street Chow nasceu como plataforma de entregas. Em 2020, a partir de uma dark kitchen nos Anjos, Bertrand quis dar a conhecer à cidade uma comida que, para ele, simbolizava a verdadeira autenticidade das gastronomias vietnamita, tailandesa e coreana. Daí, surgiram as marcas Pthai, Basag e Grain.

street chow
© Francisco Romão PereiraSpring rolls de camarão

A falta de contacto com os clientes, eventualmente, fez despertar a vontade de abrir um espaço físico. “Não estar em contacto com os clientes é uma frustração grande, recebemos a avaliação dos clientes nas plataformas, mas nunca temos a possibilidade de falar com eles. ‘Gosta da comida? O que acha?’ E isso acho que faz falta para nós aqui na cozinha e para os clientes também”, explica o proprietário.

Por detrás da criação da carta, há um trabalho de desenvolvimento dos pratos que parte da colaboração de Bertrand com diferentes chefs de outros países, do Vietname e da Tailândia, por exemplo. Desde início, “todos os pratos que nós temos são os pratos que eu queria trazer aqui para Portugal que são, para mim, os melhores pratos de cozinha asiática.”

street chow
© Francisco Romão PereiraPad thai de camarão

Como entradas, além dos new rolls, o destaque vai para o chicken satay (5,90€), com frango e molho de amendoim, e para os spring rolls (5,90€), que podem levar tofu ou camarão com cenoura, pepino, manga, molho e hortelã. Nos pratos principais, o bo bun (10,90€-11,90€), salada de massa de arroz, nem rolls, cenoura, pepino, couve roxa, cebola frita, alface, hortelã, coentros, amendoim torrado e molho nuoc cham, traz o Vietname à mesa. Da Tailândia, chega o pad thai (12,90€-13,90€), noodles de arroz salteados com rebentos de soja, cebolinha, amendoim, lima e molho de tamarindo que podem ser de frango, camarão ou vegetarianos. Já o umami burger (11,90€), frango crocante coreano, chili mayo picante, pickles, couve branca no bandolim e batata frita, e o buttermilk burger (11,90€), que em vez de levar couve e chili mayo, leva alface e maionese de sésamo, lembram a Coreia.

street chow
© Francisco Romão PereiraBo bun de tofu

A tapioca peal coconut (4,90€) e o mango sticky rice (3,90€) são as sobremesas disponíveis. Segundo Bertrand, “o que nós temos, que é a força do Street Chow, é que nós fazemos uma comida fresca, autêntica. E porquê escolher também a vietnamita, tailandesa e coreana? É que nós oferecemos uma coisa saudável e leve, temos um pouco de tudo e é isso que nós queremos também aqui, estar num espaço inclusivo.” Apesar dos sabores virem do outro lado do mundo, o Street Chow preza pelo uso de produtos locais. O restaurante é abastecido pelo Mercado 31 de Janeiro, o leitão vem da Bairrada e os vinhos são, na sua maioria, portugueses. No bar, os vinhos e cocktails, adaptados à cozinha asiática que é servida, resultaram de um processo de selecção de cerca de três meses.

street chow
© Francisco Romão PereiraUmami burger

Por agora, Bertrand, que se movimenta entre a cozinha e o bar, continua a pensar em formas de melhorar a carta e o restaurante, mas já há ideias de expandir o Street Chow para uma segunda localização.

Rua Tomás Ribeiro 20 (Picoas). Seg-Dom 12.00-22.45

+ No Convento das Bernardas, A Travessa deu lugar a um restaurante de cozinha francesa

+ No Beato, nasceu um restaurante para aproximar Lisboa do país rural

Últimas notícias

    Publicidade