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O Sud Expresso e o Lusitânia, que ligavam Portugal à Europa, saíam de Santa Apolónia todas as noites, às 21.25, mais coisa menos coisa. Mas foram suspensos no início da pandemia de Covid-19. Desde então que Lisboa não tem qualquer ligação ferroviária internacional. Agora, o colectivo ATERRA – que defende a redução do tráfego aéreo e uma forma de mobilidade mais justa, mais ecológica e mais enriquecedora – promove uma festa que também é uma manifestação pelo regresso destas viagens internacionais. “Os comboios nocturnos são a alternativa mais ecológica ao avião e aos aeroportos. São o futuro das viagens internacionais”, lê-se na página de Facebook do evento, marcado para esta sexta-feira, 2 de Dezembro, das 21.25 às 22.25, em Santa Apolónia.
Em princípio, esta será a primeira de muitas festas até o colectivo e todos os que residem em Portugal poderem de facto festejar o regresso dos comboios nocturnos para a Europa. Para participar, só tem de vestir o pijama (não precisa de comprar um de propósito, o que importa é estar confortável) e aparecer munido de um smartphone com auscultadores. É a única maneira de usufruir da programação musical: o DJ Salamangka será o anfitrião de uma silent disco improvisada, com música electrónica de influência tribal, africana e do Médio Oriente.
O colectivo ATERRA é composto por vários grupos e organizações portuguesas dedicadas à consciencialização para a emergência climática, como o Climáximo, a Rede para o Decrescimento, a Greve Climática Estudantil, a Associação Habita e a Assembleia Feminista de Lisboa, entre tantas outras. O seu objectivo principal é a promoção de um sistema de transporte justo e a redução rápida da aviação, “o meio de transporte mais danoso para o clima e uma das fontes de emissão de gases de efeito estufa que mais aumentam”.
Santa Apolónia (Lisboa). 2 Dez, Sex 21.25-22.25. Entrada livre
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