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O futuro dos videojogos começa hoje. As novas consolas da Microsoft – a mais poderosa Xbox Series X (499€) e a mais económica Xbox Series S (299€) – voltam a expandir os limites do que vai ser possível conceber e experienciar no pequeno ecrã, agora e nos próximos anos. Ainda assim, à primeira vista, parece que pouco mudou. Os menus são familiares, os comandos são quase iguais aos das Xbox One, os gráficos são melhores, mas não muito.
Nada disto é inédito. A diferença entre os videojogos da Xbox One e da Xbox 360 também não era gritante quando a anterior máquina da Microsoft foi lançada, e com o tempo as distinções e melhorias tornaram-se evidentes. Não só porque os programadores passaram a dominar melhor o hardware, como também porque deixaram de ter de fazer jogos que corressem nos velhos sistemas. Eventualmente, vai acontecer o mesmo com esta geração.
Por agora, no entanto, a principal mudança prende-se com a velocidade. De jogo (com mais frames por segundo no ecrã) e carregamento. Concentremo-nos neste último detalhe, uma vez que desde a primeira PlayStation, e à medida que os jogos se tornaram mais complexos, os tempos de carregamento nunca pararam de aumentar.
Enquanto há três décadas uma pessoa só tinha de ligar a consola e começar a divertir-se, nos últimos anos, entre o momento em que se seleccionava o título que se queria jogar e a altura em que se começava mesmo a jogar, passavam dois, três minutos. Ou mais. Mas nestas consolas, que usam velozes discos SSD e novas tecnologias de descompressão, isso demora segundos. Além disso, a função “Quick Resume” das Xbox Series X/S permite deixar vários jogos em pausa e, quase instantaneamente, recomeçá-los e saltar entre eles.
Outro dos pontos fortes dos novos sistemas da Microsoft é a sua retrocompatibilidade. Quase todos os títulos da Xbox One, grande parte da biblioteca da Xbox 360 e muitos dos clássicos da Xbox original correm nas novas máquinas, e em muitos casos correm melhor. A filosofia da empresa americana é que não importa onde se joga (em que consola, mas também no computador, ou em streaming nos telemóveis), desde que se comprem os jogos na loja online da Microsoft ou subscreva o Xbox Game Pass por 9,99€/mês.
É por isso, para chegar ao maior número de pessoas, que existe uma Xbox Series S. É uma consola mais limitada, pequena e económica, que corre exactamente os mesmos jogos que a Series X, mas com uma resolução mais baixa (1440p, em vez de 4K) e piores efeitos visuais, com processadores mais lentos. Também tem menos memória (apenas 364GB para jogos) e não tem um leitor de blu-ray, sendo exclusivamente digital. No entanto, o catálogo de jogos é o mesmo.
Já estão disponíveis 30 jogos, optimizados para o novo hardware, incluindo o aguardado Assassin’s Creed Valhalla, e esse número vai continuar a aumentar. O próximo grande lançamento, a 13 de Novembro, é Call of Duty: Black Ops – Cold War. Contudo, faltam exclusivos de monta – Halo Infinite, o grande trunfo da Microsoft, foi adiado para 2021.
Ao longo dos últimos anos, de resto, foram poucos os títulos exclusivos da Microsoft que encheram o olho. Essa situação deve mudar nos próximos anos. Os americanos têm estado a comprar vários estúdios, incluindo recentemente a Arkane (Dishonored), a Bethesda (The Elder Scrolls), a id (Doom) e o resto do grupo Zenimax Media, e tudo indica que o seu catálogo exclusivo vai crescer e melhorar muito. Mas ainda vai demorar.
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