A ideia era causar impacto e como Olivier não faz a coisa por menos, criou sanduíches tão grandes que chegam a ser absurdas. Mas em bom, garante.
“Inicialmente pensei abrir um espaço no Palácio Chiado, mas depois olhamos para este lugar, em pleno Cais do Sodré, e eu disse: ‘Fazia aqui umas belas sandes’. E assim foi”, conta o chef, acrescentando que não gosta de replicar conceitos. “Há imensas hamburguerias na cidade e pizzarias também. Faltava um restaurante deste género”.
Absurdo é também o formato das sandes que vêm para a mesa embrulhadas em papel craft e que podem ser levadas para casa. “Tivemos imenso cuidado com o pão. É uma espécie de pão de hambúrguer que leva batata doce para aguentar os molhos do interior. Queríamos que tivesse textura e, ao mesmo tempo, não ficasse todo ensopado, nem colado aos dentes”.
Partido em pedaços, pode ser partilhado em família ou com os amigos. “É, aliás, esse o conceito do restaurante, ao qual juntamos boa música e muita animação. Vamos inclusivamente ter uma roda da sorte com prémios”, diz Francisco Mira, também sócio, e um dos responsáveis pela Charcutaria Lisboa.
Dentro do pão acontece um pouco de tudo. Há frango com molho de leitão da Bairrada, porco, misturas de vegetais, ou atum com ovo cozido e cebola roxa (a 7,80€). No rol das mais rebuscadas, aparece a de bacalhau com ovo estrelado e cebola crocante, a de prego com batatas fritas e, claro, a Absurdo, a rainha da ementa (9,50€).
“Esta sandes é uma experiência gastronómica. Tem mais de 40 ingredientes e alguns deles não são utilizados com muita frequência pelas pessoas”.
Para elevar a parada, Olivier vai criar um questionário com cerca de 200 ingredientes. Quem acertar, vai à roda”. E o que é isto da roda? “Na roda podem sair prémios, desde lambretas [cervejas], a estadias em hotéis”. Boa sorte.