Dentro do boutique hotel Artsy, o Art Restaurante está aberto a todos – hóspedes e não hóspedes. Daniel Estriga, do restaurante de fine-dining Conceito, em Bicesse, é o director gastronómico e tem dois grandes objectivos. O primeiro é mostrar que “nem só o tradicional é bom”: “Vamos ter sempre muito peixe e marisco, mas quero ter alguma liberdade para fazer o que é nosso com influência das viagens que fazemos e da cultura do mundo que temos.” Exemplo disso são o presunto de porco preto, torricado e tomate (13€), “muito espanhol”; a ostra, ponzu, azeite e beldroegas do mar (4€), “fácil para o público europeu”; os espargos verdes, queijo da ilha e sabayon de azeite com limão, “o queijo nosso, o sabayon francês”; ou o arroz de pato confit, hoisin, favas e chouriço (20€), “com um toque asiático”.
O menu é bastante flexível: entre entradas (crus e snacks) e pratos principais (arrozes e clássicos), o cliente pode criar a sua refeição, mas o conselho é sempre partilhar – não sem antes devorar o couvert com pão de massa mãe, manteiga noisette e café de cebola e requeijão com pele de tomate seco em pó (5€) – 100% feito na cozinha do Artsy. O que nos leva ao segundo objectivo de Estriga: fazer tudo “em casa”. “O que o cliente mais quer é sentir que o que experimenta aqui não vai encontrar em mais lado nenhum.”
A equipa não fica completa sem o barman Pedro Henriques, óptima companhia ao balcão e sempre pronto a aconselhar os melhores cocktails para antes, durante ou depois do jantar – nunca é uma má hora para beber um Pineapple sour (com rum sete anos, ananás, lima e hortelã, 13,50€) ou um Pink Lady (com gin, licor de toranja, morangos e flor de sabugueiro, 14€). É que aqui, a arte também se serve ao copo.