Da rua, a esplanada chama imediatamente à atenção. Não é para menos: a varanda do hotel Villa Cascais, onde fica o Corleone, é bonita. As cores sóbrias, mas vivas, chamam por quem passa. E não é diferente no interior, onde reinam os tons amarelos e azuis, veranis, como Cascais, mas também como o sul de Itália, que inspiraram Miguel Garcia a fazer um restaurante italiano como ainda não existia na vila. O nome nada tem a ver com a máfia, é antes uma referência directa a Corleone, na Sicília. É essa a inspiração também por trás da carta de cocktails – nos vinhos o foco mantém-se em Itália. "Um restaurante italiano idealizado e com menu feito por um chef italiano é algo que não existia em Cascais", defende Miguel. O chef é Rodolfo de Santis. Natural de Puglia, foi no Brasil que fez nome na última década, quando criou o restaurante italiano Nino, que depressa deu que falar, multiplicando-se pelo país. Como num italiano clássico, a carta divide-se entre antipasti, primi e secondi e dolci – “tudo feito com as receitas tradicionais do sul de Itália”, assegura o responsável. Nas entradas, há, por exemplo, vitello tonnato (16€) ou uns irresistíveis arancini (12€). Nos primi, estão as massas como a carbonara (22€) ou o vistoso spaghetti all’aragosta (35€), com bisque de crustáceos, tomate fresco, rúcula e cauda de lagosta grelhada. Já nos secondi, tanto é possível pedir um risoto de limão com camarão grelhado (28€), como uma costeleta de vitela panada, com rúcula, tomate fresco e mozzarella (28€) – a famosa milanese. Nas sobremesas, o mesmo cuidado e atenção.
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