São cinco da tarde e uma francesa bate à porta, atraída, talvez, pela sericaia que descansa em cima do balcão.
“Já está aberto?”, pergunta. Patrícia Cruz, uma das donas, responde-lhe que dentro de uma hora começam a servir. Na cozinha, Carla Graça, outra das responsáveis por este novo espaço, aberto em meados de Dezembro numa esquina do Bairro Alto, começa a preparar bruschetas de sardinha com pesto, queijos Camembert no forno, carpaccios de novilho, tábuas de queijos, e tatakis de atum envolvidos em crosta de sésamo (entre os 7€ e os 12€). Tudo para partilhar.
“Há cerca de dois anos, deixámos o jornalismo e começámos a gerir o Bar do Peixe, no Meco, que nos deu alguma experiência. E como os nossos amigos estavam sempre a pedir para abrirmos um restaurante, decidimos avançar com a ideia”, conta Patrícia. “Escolhemos o Bairro Alto porque apesar dos seus altos e baixos, está na moda há 40 anos”, acrescenta.
Apesar de pequeno (cabem pouco mais de 20 pessoas neste espaço decorado com panelas e estátuas coloridas do Santo António) há muito mais para oferecer.
Da cozinha minúscula, Carla envia para as mesas, bochechas de porco estufadas em vinho tinto com puré de couve-flor (11€), folhados de galinha, cogumelos e espinafres com batatinha rústica, uma das especialidades (12€), pratos de camarão à Brás (12€), ou de bacalhau em azeite e alecrim com esmagada de batata-doce (13€).
As sobremesas caseiras variam consoante a inspiração das donas e vão das sericaias com doce de tomate e das delícias de suspiros, a outras mais arrojadas, como as mousses de Toblerone, ou de caipirinha (4€).