Júlia Machado, carinhosamente tratada por Julinha, aprendeu a fazer gelados com o tio Virgílio, que se mudou de Arezzo para Lisboa quando se apaixonou pela tia de Júlia, de Trás-os-Montes. A primeira Dolomite, inspirada nos montes italianos Dolomite, abriu ao lado da Ginjinha do Areeiro. Entretanto o tio gostou tanto da Praia das Maçãs que se mudou para lá (a fábrica era num canto onde é agora o Maçãs Club) e tornou os seus gelados famosos. Depois de ir umas quantas vezes a Bolonha e Rimini, Júlia assumiu agora a casa. Foi forçada a mudar a Dolomite da Praia das Maçãs para Almoçageme, mas continua a seguir à risca a receita de família. Os sabores mais difíceis de fazer, conta, são os de gengibre e limão. “O gengibre porque tem muita fibra e é picante; o limão porque é muito ácido”, justifica, mas a sua combinação preferida é precisamente o gengibre com amora, fruto silvestre que a própria apanha na serra. Fora os clássicos, vai fazendo sabores sazonais, ora de pêssego, ora de figo. Para comer em copo ou cone – os cones infelizmente já não são caseiros como eram há uns anos, mas Júlia garante que são bons. “Dantes fazia aqui, mas as leis mudaram e a ASAE agora exige uma distância entre máquinas que eu não tenho. Mas comi imensos até encontrar um tipo de cone muito parecido ao nosso”, garante.
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