E esse cuidado sente-se à primeira trinca. O pão é muito leve, estaladiço, tem alecrim e uma gordura ligeira, típica da tradicional focaccia. Surpreendeu-me logo à partida, quando chegou em cubos pequenos para acompanhar a tábua de queijos e enchidos – um picante chouriço calabrese, salpicão, speck em fatias finas, tudo excelente, e um parmesão, já mais rijo –, mas ganhou todo o meu respeito depois de o ver a entalar os ingredientes das sanduíches.
Casa bem com a focaccia Pecorino, com um bom queijo pecorino da Sardenha derretido, queijo taleggio, fatias de speck e curgete grelhada – no final um conjunto bem equilibrado, com alguns ingredientes frios. E casa melhor ainda com a Arrosto, com fatias de pernil assado (uma moda portuense que o dono, portuense, trouxe), queijo provolone derretido, cebola confitada e um molho de mostarda.
À excepção do espaço, a inóspita praça de restauração do Picoas Plaza e de um brownie que mais parecia uma tablete de chocolate, está tudo certo no Focca. Até o preço: 23€ por tudo, com vinho incluído.
Por Francisco Beltrão
*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.