António Borges é o verdadeiro homem dos sete ofícios. E não estamos a exagerar quando o afirmamos. Ora atente: é designer gráfico industrial, faz pintura, escultura, fotografia, e trabalha em construções metálicas. Também comercializa mosaico hidráulico e dá uma de carpinteiro quando é preciso. Foi ele aliás que criou os tampos das mesas de madeira do seu novo restaurante, aberto na Graça no início de Janeiro.
Mas há alguma coisa que não faça?, perguntamos. “Não toco guitarra, nem piano, mas canto música de intervenção, escrevo poesia e faço teatro. Também já fui monge de Krishna. Apesar de gostar muito da sua filosofia, essa vida não era para mim”.
Faltava um restaurante na sua vida, presumimos. “Faltava um restaurante vegan e vegetariano, com comida caseira, feita todas as horas do dia, e com um espaço para exposições e tertúlias”, conta António, que fala seis línguas e viajou, durante dez anos, por mais de 50 países.
Agora, no seu restaurante, que já foi uma cisterna no século XII e uma grande padaria no século XIX (tinha dormitórios e tudo), serve pratos do dia, como hambúrgueres vegetarianos de feijão preto em bolo do caco (7,50€), sopas de espinafres (1,70€), peixinhos da horta (3€) e sobremesas de requeijão vegan com doce de cenoura (2,50€).
Todos os dias têm pequenos-almoços e aos domingos há brunches com cestos de pão, ovos mexidos, sumos naturais, torradas com mel e doce, panquecas vegan, granolas caseiras e bebidas quentes (8,50€ e 16€).