O Heim Café, ali na fronteira de Santos com a Madragoa, veio dar vida (e um brunch) a um bairro até então precisava de alguma movida diurna. O sítio tornou-se tão popular que esperar na fila aos fins-de-semana é inevitável. Não desista, porque qualquer um dos três brunches que serve é bem bom. O verde tem torrada com abacate, tomate, salada, ovos estrelados, granola com iogurte, frutas e sumo de laranja; o amarelo tem ovos estrelados, salsicha, feijão, torrada com doce e manteiga, granola e limonada; e o vermelho tem ovos mexidos, bacon, abacate, salada, iogurte, sumo de laranja e uma bruta waffle com maple syrup.
Crítica:
O Heim Café, pequena cafetaria de decoração minimalista em Santos, parece-me ser um grandioso segredo dos turistas. Isso, dos turistas e não para turistas. Um fenómeno cada vez mais comum entre nós, os lisboetas, directamente proporcional às hordas de estrangeiros que cá chegam e que, habituemo-nos, se vai tornar ainda mais frequente. Face it: eles às vezes conhecem melhores sítios do que nós.
O simpático Heim, que significa “casa” na Ucrânia, de onde vêm os donos, está sempre cheio de seres cabelos loiros e peles claras (escaldadas pelo sol), tudo malta nova nos seus 20s-30s, que não traz guias na mão (deve trazê-los no telemóvel). A sala é pequena mas bem aproveitada, a esplanada idem e até a cozinha parece ir pelo mesmo caminho. Por isso avisam, num papel emoldurado e escrito em inglês, que a boa comida demora tempo a ser feita. Ou seja, é ir sem pressa.
E é mesmo. Entre o pedido e a vinda dos pratos para a mesa contam-se uns 20/25 minutos. Valem a pena? Sim. Tanto para comer a omelete com queijo e salada (4,50€), alta, macia, com fatias de cheddar derretido no interior, como as waffles de fruta e caramelo (5,80€), uma valente gulodice, composta por duas waffles crocantes por fora, fofas no interior, com um molho de caramelo, morangos, pedaços de pêra, banana, crumble e açúcar em pó. Ou para qualquer um dos três brunches (todos a 10,50€). O verde, mais saudável, a trazer uma boa torrada de abacate e ovos estrelados no ponto, além de iogurte com granola, fruta e mel; o amarelo, mais inglês, com ovos estrelados, salsicha fresca, feijão do bom, salada, e torrada de pão de sementes com doce; e o vermelho, para doceiros, com waffle, granola, ovos mexidos, umas fatias de bacon bem estaladiço e uma fresca salada de tomate, verdes e abacate.
Os preços estão alinhados com os ocupantes, mas bem ajustados ao que vem para a mesa.
*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.