Mário Ribeiro não é um estranho na Margem Sul. Era ele o chef executivo do Sushic, o japonês que se tornou motivo de romaria em Almada, mas que em 2017 acabaria por fechar. “Aquilo começou a desvirtuar-se e eu saí do projecto e abri o Nómada em Lisboa com uns sócios”, conta o chef. Apesar do sucesso imediato, a parceria não correu da melhor forma e em 2019 Mário Ribeiro decidiu voltar para o lado de lá do rio. “Vim outra vez para a minha margem, sou nascido e criado aqui”, diz-nos, lamentando que “em Lisboa ainda não se valorize muito a Margem Sul”, que garante estar a evoluir. O Honor, que abriu pouco antes da pandemia, é disso prova. Não é mais um restaurante de sushi (o preço, que alguns podem considerar mais elevado, vem daí). “Eu só trabalho com produtos de qualidade. Sou eu o chef, sou eu o proprietário, sou eu que faço as encomendas do meu produto, sou eu que o recebo. Eu trabalho com os pescadores aqui da zona. Tenho muitos pescadores da Fonte da Telha, da Costa da Caparica”, afirma, explicando que o que faz no restaurante é “um sushi de autor”. “É fusão, mas não é o que as pessoas pensam, não há nada de Philadelphia, morangos, ovos”, garante. “É uma fusão com a nossa gastronomia, os nossos sabores”, continua, exemplificando com o peixe-galo, habitualmente servido em filete, e aqui em tempura (15€). Na carta, brilham, por exemplo, o carpaccio de lírio dos Açores (15€), braseado com azeite de alho e molho ponzu trufado; o crocante de atum marinado (17€), feito com lombo de atum marinado em soja, envolvido em massa kataifi; e o tártaro de toro com camarão violeta e caviar (24€). Há makis, gunkans, sashimi e ossomakis que, na dúvida, é deixar que o chef escolha.
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