É um prato pequenino com bolinhas amarelas, muitas vezes desvalorizado como sensaborão, mas Artur Desbre, francês, aprendeu a fazê-lo à boa maneira marroquina e serve-o agora num pequeno restaurante no Saldanha dedicado ao cuscuz. Chama-se, claro, La Couscousserie.
Uma das primeira vezes que Artur cozinhou cuscuz à séria foi no aniversário do Transept, o seu bar-restaurante em São Bento. “É um prato para partilhar, muito familiar”, explica – e rende bem, tão bem que a quantidade gigante que fizeram dessa vez deu para distribuir pela rua toda. Aí começou o gosto pelo prato e pela maneira tradicional de o fazer, na couscoussier, uma panela com dois andares para cozer a vapor. E apesar de parecer muito simples de fazer, Artur demora cerca de uma hora a tratar do cuscuz, entre várias cozeduras e temperos, como a curcuma, que confere o tom amarelo mais forte a este cuscuz.