Luías Gaspar
Mariana Valle Lima
Mariana Valle Lima

Luís Gaspar, o ponta de lança

No espaço de poucos meses, Luís Gaspar abriu dois restaurantes – o Pica-Pau, no Príncipe Real, e o Brilhante, no Cais do Sodré, onde já tem a Sala de Corte. Não há trabalho que o assuste, nem projecto que faça por pouco.

Cláudia Lima Carvalho
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Chef ou cozinheiro?
Cozinheiro.

Actividade favorita quando não está a cozinhar?
Futebol. Gosto muito de ver futebol. 

O melhor prato tipicamente português?
Arroz de cabidela. 

Livro de cozinha favorito?
É o livro que comprei há pouco tempo do Alain Ducasse, Naturalité

Se tiver amigos de fora em Lisboa, onde é que os leva a jantar?
Há alguns sítios. Não vou falar dos meus porque é muito forçado. Levaria ao Nobre [de Justa Nobre].

Se só pudesse fazer uma refeição por dia, qual é que seria?
Almoço.

O que não suporta comer?
Lentilhas.

Para quem gostaria de cozinhar?
Alain Ducasse.

E o que é que prepararia?
Cozido à portuguesa porque acho que é um dos pratos que mais demonstra a identidade da cozinha portuguesa, como o povo teve a necessidade de aproveitar peças de carne, produtos subvalorizados, transformando-o num dos pratos mais nobres e icónicos da gastronomia portuguesa.

O melhor restaurante em Lisboa para um encontro romântico?
BAHR [no Bairro Alto Hotel].

Qual foi o prato que mais dores de cabeça lhe deu?
Alguns, mas o último que me lembro foi o cabrito com arroz de forno do Pica-Pau porque queríamos chegar à perfeição. A temperatura de cozedura do cabrito com a temperatura de cozedura do arroz de forno, fazendo tudo no Josper, portanto um forno a carvão, sem auxílio a electricidade ou gás… Foram precisos muitos testes para chegarmos ao produto final que queríamos. A suculência, a intensidade de sabor do cabrito versus a cozedura do arroz de forno e a caramelização… Deve ter sido o prato que mais me desafiou por ter sido feito num forno a carvão. 

Programa de culinária favorito?
Ui, não vejo programas de televisão. 

Palavrão favorito quando se entorna o caldo?
Caralho. 

Sobremesa predilecta?
Pudim abade de priscos.

Colher de pau ou de borracha?
Colher de pau.

O que é que nunca pode faltar no frigorífico?
Pode ser mais do que uma coisa? Queijo artesanal, espargos e um bom peixe, uma boa carne.

Qual foi a coisa mais estranha que já comeu e onde?
Larvas no Manja, o estúdio do Paulo Amado. Detestei, fiquei completamente enojada e eu sou disponível psicologicamente para provar outro tipo de produtos e aparentemente não me criava transtorno nenhum, mas provei e odiei.

E a mais surpreendente?
Carpaccio de lagostins do Estimar [em Madrid]. É muito bom, aquilo mexe mesmo com o cérebro. 

A melhor bebida enquanto cozinha?
Espumante.

Condimento favorito?
Paprika fumada.

Qual foi o primeiro prato que serviu?
Bacalhau à Brás.

Qual é a pergunta que mais lhe fazem sobre comida?
Qual o segredo para fazer um bom arroz.

Onde janta quando está de folga?
Em casa com a minha mulher e o meu filho, mas costumo visitar também amigos de profissão. 

Petisco favorito?
Iscas à portuguesa.

Um sítio para comer bom e barato?
Bons são quase todos, baratos mais ou menos. Bom e barato é a Imperial de Campo de Ourique.

O que come ao pequeno-almoço?
Ovos.

Qual seria a sua última refeição?
Arroz de cabidela. É o meu prato preferido portanto seria a última. 

O que leva para um jantar para o qual foi convidado?
Uma boa garrafa de vinho e um queijo.

Melhor região de vinhos em Portugal?
Pico, Açores.

*Este artigo foi originalmente publicado na edição Inverno 2022/2023 da revista Time Out Lisboa

Questionário ao chef

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