Dentro do mar de tradições vínicas portuguesas, o palhete – ou palheto – já foi o preferido dos monges cistercienses na Idade Média e dos trabalhadores do campo no século XX. Acabou por quase desaparecer com o tempo, mas, para a nossa alegria, voltou com tudo nos últimos anos. Hoje, está cada vez mais presente nos copos dos frequentadores de bares de vinho da moda.
Para quem nunca ouviu falar, a legislação define o palhete como um vinho tinto produzido por curtimenta parcial de uvas tintas ou pela fermentação conjunta de uvas tintas e brancas, desde que estas não ultrapassem 15% do total. No entanto, na prática, a maioria dos palhetes que conheço é feita com um mix generoso de castas tintas e brancas, seguindo tradições locais que atravessam séculos.
Eu sou uma grande fã destes vinhos. O palhete é descomplicado, costuma ter um teor alcoólico mais baixo que os tintos tradicionais, é fácil de beber e combina com uma infinidade de pratos – do sushi ao churrasco – além de ser uma bebida para todas as estações do ano. Um verdadeiro camaleão no mundo dos vinhos, categoria que criamos aqui mesmo na Time Out Lisboa.
E agora, chegou o melhor momento: as nossas recomendações de palhetes.
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