Sou frequentadora do Raffi’s Bagels, melhor sítio de bagels em Lisboa (único a fazê-lo em exclusivo, até), e tenho de assumir que, além de gostar bastante das várias combinações e do próprio pão, que já várias vezes fui buscar para comer em casa, gosto da aura do sítio. Não da decoração em si, algo despida, mas da simpatia da dona, francesa, do resto da comunidade francesa que vai lá passando (sempre com um ar jovial), do cheiro a bagels acabados de fazer e daquele balcão virado para a rua – não que haja beleza numa rotunda com carros estacionados em segunda fila, mas estar ali a apanhar sol de manhã é, de certa forma, descansativo.
Os pães são feitos na casa, segundo uma receita da bisavó do dono – francês (marido da dona), com ascendência austríaca –, os pickles de pepino que acompanham algumas sandes são também caseiros, há molhos de mostarda antiga, há carnes marinadas, boas limonadas, há cheesecakes nova-iorquinos (cozidos no forno)... Tudo bom, tudo made in Raffi’s. E nada do que provei até hoje me desiludiu.
Muito recomendável o bagel Chelsea, com queijo creme, salmão fumado, rúcula, cebola roxa e pepino (5,30€); o Brooklyn, com azeite, bife de vaca, rúcula, pickle de pepino e mostarda ancienne com mel (5,50€), a carne de vaca marinada durante sete dias e cozinhada durante cinco horas, a mostarda de grão muito saborosa; e até o do mês, o Soho, com compota de figo, queijo de cabra, nozes e maçã (4,60€). Boa também a coleslaw que acompanha as sandes.
Por 7€ o menu, almoçar assim em Lisboa ainda é obra .
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