Crítica
O primeiro resultado que o google devolve assim que se pesquisa “red we like it raw” é o próprio site da marca com um subtexto onde se lê “... só servimos carne de qualidade. Carne que não precisa de ser embelezada com invenções do Chef.” Concordo com o primeiro período. E concordo com o segundo, apesar de não ter visto a máxima ser posta em prática nas sandes que comi. O rosbife, apesar de muito bom, foi sempre apagado pelos outros ingredientes. Matará isso uma sandes? Nem por isso. Apesar do desequilíbrio, o conjunto continua a ser bom e guloso.
Explicação prévia: para quem ainda não deu com os dois contentores cinzentos instalados no Largo Vitorino Damásio e em frente ao Cemitério dos Prazeres, trata-se desta marca de sanduíches de rosbife (também há saladas e fatias em bruto). Um negócio com a génese de um quiosque e respectiva esplanada, mas que ganha pela dimensão da cozinha lá dentro. Vamos ao pão.
O pão de centeio leve, fresco e fofo é igual para todas as sandes. Provei a Serra, com queijo da Serra derretido, cogumelos portobello salteados e espinafres. O rosbife em fatias muito finas, malpassado, cheio de sabor. E provei a bacon & egg, com bacon, cheddar, malaguetas e molho gravy. Uma fórmula feliz em qualquer parte do mundo, com o ovo a escorrer, mas a sofrer da mesma síndrome: a carne semi desaparecida. Ao lado, batatas fritas na hora (congeladas?) e chips de batata doce muito boas.
Repito: a síndome não mata a sandes. Mói só um bocadinho. E depois falamos de um almoço para duas pessoas, com bebidas, a sair a 14€. Preços de quiosque, vida de quiosque, mas com comida melhor do que os congéneres.
*As críticas da Time Out dizem respeito a uma ou mais visitas feitas pelos críticos da revista, de forma anónima, à data de publicação em papel. Não nos responsabilizamos nem actualizamos informações relativas a alterações de chef, carta ou espaço. Foi assim que aconteceu.