Se disser que foi à típica tasca do Isaías, o mais certo é ouvir: “ui, e quanto tempo esperaste?”. O senhor que dá nome à casa já não está entre nós, mas o filho Carlos e o neto Tiago encarregam-se da longevidade destas paredes que dão a volta ao mundo em pratos de louça. Em 45 minutos estamos sentados.
Aproveite o tempo de espera para levantar dinheiro, se disso for caso (alerta: não há Multibanco). Regressado à porta onde se amontoam fregueses, olhe para a lista e faça a sua escolha. Convém ter a resposta na ponta da língua quando chamarem pelo seu nome, minutos antes de chegar à mesa, e lhe perguntarem o que vai ser.
Pudessem todos os males do mundo resumir-se ao dilema “uma Super ou uma Sagres?”. É com a mão e a goela bem frescas que pode assistir aos trabalhos junto à grelha e ao escamar do peixe (doses entre os 7€ e os 10€). Sardinhas, lulas, espadarte, e aqueles indefectíveis na carta de petiscos de praia (saem umas amêijoas!), você decide.
Não estranhe se der por si a partilhar a mesa com uma família de espanhóis, ou a sua travessa de batatas com o vizinho do lado – o espaço é exíguo e o desportivismo quer-se generoso. Afinal, esta é uma experiência pública próxima daqueles almoços em família em que se sujam as mãos com azeite e se remata com uma fatia de melão.