Vai-se ao Uma por uma (não é piada, é mesmo assim) única razão: comer o melhor arroz de marisco da cidade. Caseiro, generoso, malandrinho, servido num tacho fumegante. Um caldo onde nadam camarões, lagostins, sapateiras e mexilhões. Sempre os mesmos ingredientes, vindos dos mesmos fornecedores.
E como diria o nosso crítico Jaime Abreu: “Nada mais interessa, só o arroz de marisco. Não interessa a decoração [do restaurante], ultrapassada desde a revolução. A de 1926. Não interessam os outros pratos, meros figurantes. Bonitos, sim, mas sem protagonismo. E não interessa a excursão de turistas espanhóis septuagenários que ocupam três quartos do restaurante e gritam sem outra razão que não a sua nacionalidade. (...) Pousam o banquete à minha frente. O arroz ainda coze no caldo, rodeado por mexilhões, pedaços de sapateira, lagostins e camarões. Como gosto dele bem cozido não tenho pressa em abrir as hostilidades. Detenho-me, com o olhar embaciado pelo vapor de água, a observar os espanhóis. Continuam a gritar mas eu já não os oiço. O antídoto está à minha frente”.
Convencido? Quando ligar a reservar, peça logo o arroz e leve companhia porque uma dose dá para três ou quatro pessoas. Mas se este não for a sua praia, fique a saber que os carapauzinhos fritos também são um bom petisco, bem como as gambas fritas à moda da casa e os bifes à portuguesa.