Como dizer? É mais ou menos aquela coisa do, vá lá, não seja forreta, vá lá, não seja preguiçoso. Se vemos tantos filmes no cinema, se vamos a tantos bares e restaurantes, mercados e exposições, qual a justificação para não irmos mais vezes ao teatro? Esta é a nossa forma, delicada, de lhe dizer para se fazer à cena, para se fazer ao palco. Sim, que mostrar-se solidário perante a comunidade artística fica bem, mas sabe a pouco.
E, com esta, são 19 as edições deste festival que, entre esta quinta, 9, e dia 26, ocupa Lisboa para apresentar duas dezenas de espectáculos, com origem numa dúzia de países, e uma mão-cheia de actividades paralelas.
E não se pense, por haver marionetas e cabeçudos envolvidos, que este é acontecimento apenas dedicado às crianças, pois em cena estarão espectáculos, por exemplo, sobre a mulher que disparou contra Andy Warhol sem o conseguir matar, outros onde o corpo humano é transformado em paisagens para personagens em miniatura, mais uma viagem através da metamorfose e da transformação, ou ainda A Filha do Tambor-Mor, estreia absoluta da opereta de Jacques Offenbach, com cerca de 150 artistas em palco e encenação de António Pires.
Identidade, liberdade e memória são, assim, temas de destaque de uma programação espalhada pelo Castelo de São Jorge, o São Luiz e o Teatro D. Maria II, ou o Teatro Luís de Camões, Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, Teatro da Trindade, Teatro do Bairro, Teatro Taborda, Museu Nacional do Teatro e da Dança e Cinemateca Portuguesa.
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