Spa da Ferraria
Fotografia: Rui Soares
Fotografia: Rui Soares

10 ideias para se pôr de molho em São Miguel

Não deixe que as caminhadas acabem consigo. Temos 10 ideias para se pôr de molho em São Miguel.

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Nem só de Lagoas se faz São Miguel. Ponha as pernas de molho, gele os ossos num mergulho no Atlântico, salte para uma piscina de rochas ou nade em águas de terra - nesta ilha há opções para todos (e são todas tão boas). Pegue no fato de banho e vá até uma destas 10 maravilhas de água em São Miguel. 

10 ideias para se pôr de molho em São Miguel

Dar um mergulho na Praia de Santa Bárbara

Depois de tantos banhos em águas termais e piscinas naturais vamos armar-nos em snobs e dizer que não a um mergulho no mar? A Praia do Areal de Santa Bárbara, na Costa Norte da ilha, tem o maior areal do arquipélago: mais de um quilómetro de areia fina e escura e as ondas mais cobiçadas de São Miguel.

Se é na areia que gosta mesmo de estar, conheça o top 5 de praias de areal em São Miguel: Santa Bárbara (1 km), Água de Alto (560 m), Milícias (330 m), Pópulo (180 m) e Moinhos (120 m). 

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  • Rios, lagos e lagoas

Numa fajã de lava, no ponto mais ocidental de São Miguel, há uma fonte de água termal a 40ºC que brota directamente para o Oceano Atlântico – que se apresenta a uns tímidos 20ºC. Este cocktail invulgar de água quente salgada é servido numa pequena enseada a uns metros de distância do Spa da Ferraria. É, de certeza, o banho mais quente que alguma vez vai poder tomar no meio do Atlântico. 

Se preferir relaxar num spa, faça como os açorianos que desde 1888 descem a íngreme encosta à procura de alívio nas águas medicinais na Ferraria. Foi nesse ano que surgiu aqui a primeira “casa de banhos”, mas é possível que já antes se fizesse uso destas águas. O Spa da Ferraria foi inaugurado em 2010 com todos os luxos dos modernos complexos termais e duas piscinas de água quente ao ar livre, encaixadas entre as rochas vulcânicas e o mar. Um cenário de ficção científica que fica ainda mais incrível ao fim do dia, quando o Sol se põe mesmo à nossa frente.

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Muitas descrições do Inferno referem caldeiras de água a ferver onde almas penadas são condenadas a passar o resto dos seus dias. Mefistófeles, Satanás ou quem quer que esteja encarregue da mise-en-scéne do mundo das trevas que ponha os olhos na Caldeira Velha: água a ferver escorre das pedras ou brota do chão para o deleite das pessoas que se juntam nos tanques. Há cascatas de água quente, uma ribeira, poças, fumarolas e um jardim de plantas endémicas, tudo no interior de uma floresta que parece corresponder às descrições de outro jardim famoso. Como se chama? Jardim do Éden, é isso. Quem se quiser “castigar” com uma visita só tem de pagar 2€ e trazer na mochila o fato de banho.

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Escondida numa encosta escarpada, mesmo ao lado de um pitoresco porto de pesca, está uma das mais bonitas piscinas do arquipélago: a Piscina Natural da Caloura. Numa minúscula península dentro da baía é possível tomar banhos de água salgada a contemplar a hipótese de passar a tarde em sites de imobiliárias para saber quanto custa comprar uma casa ali (spoiler: muito dinheiro).

E se os mergulhos lhe derem fome, o Restaurante Caloura, mesmo ao lado da piscina, serve peixe fresco (o “peixe do dia”) a 15€ a dose. O menu depende do que o mar providenciar mas pode encontrar peixes como atum, bicuda, tainha, serra e chicharro. A esplanada convida ficar nem que seja pela imperial (1€). No Verão o restaurante faz fila.

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Desmoer. Ora aí está uma das palavras mais bonitas da língua portuguesa. O dicionário diz que significa “fazer a digestão” mas os atletas federados do “desmoerismo” sabem que implica mais do que isso: um passeio à beira-mar com as mãos atrás das costas, uma volta ao jardim, a peregrinação a uma gelataria, etc. O Parque Terra Nostra é um sítio perfeito para praticar esta modalidade do ócio pós-almoçarada. Há um jardim, há grutas, há lagos, uma colecção de camélias e um lago de água termal amarela e opaca, entre os 35 e os 40ºC. Em www.parqueterranostra.com há quatro roteiros do jardim, um para cada estação do ano.

Dica: ao final do dia, quando a temperatura do ar desce, a ar enche- -se de uma pequena névoa. um manto de vapor que: a) faz parecer que está a nadar dentro de uma sopa de abóbora b) serve de cenário para fotos incríveis.

Visitar o ilhéu mais bonito dos Açores

O Ilhéu de Vila Franca, também conhecido pelo nome mais romântico “O Anel da Princesa”, é uma das jóias de São Miguel (também sabemos ser líricos). A vista aérea desta ilha vulcânica corre o mundo em vídeos promocionais dos Açores e é um dos grandes factores “uau” do arquipélago. Nos últimos anos atingiu fama mundial como palco do concurso de mergulhos Red Bull Cliff Diving. Só pode ser visitado no Verão, altura do ano em que na baía formada a partir de uma cratera se juntam centenas de pessoas: o ilhéu tem uma lotação diária de 400 banhistas. As águas cristalinas convidam a banhos mas muito cuidado com o sol – a ilha não tem sombras.

Como chegar ao Ilhéu de Vila Franca

Há um barco com capacidade para 34 pessoas que faz a viagem durante a época balnear. Com o pomposo nome de Cruzeiro do Ilhéu, parte da Marina de Vila Franca do Campo às 10.00 e repete a viagem à hora certa até às 18.00. O regresso é sempre dez minutos depois da hora, menos o último barco, que parte às 18.30. Os bilhetes custam 5€ e costumam esgotar logo de manhã. A bilheteira abre às 09.30. 

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  • Rios, lagos e lagoas

Faça-o com cuidado e apenas nas zonas indicadas. Há algas, rochas, lodo e outras coisas debaixo das águas pouco transparentes que lhe podem dificultar a vida. A zona balnear, delimitada junto aos edifícios cinzentos, no Verão, tem nadador salvador.

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  • Aldeias típicas

Mosteiros não fica para lá do sol posto – fica um bocadinho antes. Esta aldeia está numa das partes mais ocidentais da ilha, de frente para os Ilhéus dos Mosteiros, um cenário de postal (fotografar e depois “definir como pano de fundo”) que é engrandecido pelos tons de amarelo do crepúsculo. Sugerimos uma ida ao minimercado Banda D’Além (Rua dos Moinhos, 3) para ir buscar uma cerveja fresquinha. 

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  • Parques e jardins

Faça parte do maior chá de seres humanos e fique de molho numa das três piscinas da renovada Poça da D. Beija. A água está a 39ºC nas piscinas e a 28ºC na ribeira que passa entre elas, temperaturas que tornam possível um mergulho em qualquer altura do ano e qualquer altura do dia – a Poça fecha às 23.00 e é uma experiência ainda mais incrível durante a noite. E uma óptima maneira de acabar o dia em São Miguel.

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  • Torres e miradouros

Às vezes a vista da Lagoa do Fogo parece papel de cenário. Uma pintura gigante, muitíssimo bem elaborada, feita com litros e litros de tinta verde e azul. Por isso um trilho para as margens da lagoa é uma boa oportunidade para confirmar se tudo aquilo é real. O caminho começa no Miradouro da Serra da Barrosa e leva-nos até ao fundo da cratera vulcânica com menos intervenção humana em toda a ilha – e é bom que permaneça assim. A sensação de estar ali em baixo é a de que podemos ser os primeiros humanos a pôr ali os pés. “Um pequeno passo para o homem...”, oh, vocês percebem a ideia.

Mais escapadinhas na calha

  • Hotéis

Se juntarmos o baixo e o alto, a lembrar um famoso anúncio de detergentes, criamos a maior região portuguesa. Com uma gastronomia rica e paisagens tão variadas como a costa marítima, as planícies ou os vales profundos, o Alentejo já foi conhecido como o celeiro de Portugal. Agora, se separarmos o trigo do joio, é um dos melhores destinos para se passar umas férias desligadas de tudo e todos. De hotéis de cinco estrelas desenhados por gente que guarda um Pritzker em casa, a turismos rurais que nos fazem querer trocar a cidade pelo campo para sempre, são dez as sugestões de sítios onde pode ficar a dormir. Estes são os melhores hotéis no Alentejo para uma escapadinha.

  • Coisas para fazer

Com uma área demarcada que se estende de Colares à Lourinhã, a região de Lisboa produz os mais variados vinhos, fruto dos diferentes tipos de clima, solos e castas. Fortemente influenciada pelo Atlântico, esta zona que se estende por 40 quilómetros foi delineada em 1993 como Extremadura, ganhando, mais tarde, o nome de Vinho Regional de Lisboa e é actualmente formada por nove denominações de origem. São elas: Colares, Carcavelos, Bucelas, Arruda, Torres Vedras, Alenquer, Lourinhã, Óbidos e Encostas d'Aire. Sugerimos uma viagem pelos enoturismos da região, sem esquecer três experiências ligadas ao vinho: onde beber vinhos naturais em Lisboa, dormir num hotel da zona Oeste e folhear o recém-lançado Guia de Enoturismo
 de Torres Vedras
 e Alenquer (as duas cidades “Cidade do Vinho 2018”). 

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  • Hotéis
Seis escapadinhas no interior de Portugal
Seis escapadinhas no interior de Portugal

Passeios pelas serras, trilhos para seguir (ou por descobrir), doses individuais servidas para saciar uma família de quatro pessoas e até praias fluviais para quem não consegue viver sem água, há de tudo na faixa do território nacional que mais se encosta a Espanha. Sugerimos seis escapadinhas que passam por Viseu, Travancinha, Portalegre, Vouzela, Sabugueiro e Elvas, entre turismos rurais, hotéis de charme, pousadas seculares ou casas no meio do nada. 

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