Agrinho Suites & Spa, o cartão-postal do Gerês

O Gerês tem a particularidade de ser um destino alheio às estações do ano e embora concordemos que no Verão dê para aproveitar a paisagem com outra leveza, só no Inverno é que se pode explorar livremente sem ter de serpentear por entre os grupos de turistas que por lá andam. É certo os mergulhos na piscina panorâmica exterior e os banhos de sol na praia fluvial vão ter de esperar pelo tempo quente, mas tudo o que envolver calçar uns ténis confortáveis, encher uma mochila com um lanche reforçado e partir à descoberta da serra-cor-de-esmeralda, dá para fazer todo o ano, mesmo quando há aventuras dentro de água metidas ao barulho.

Partindo do hotel, há trilhos e caminhadas para fazer, passeios de bicicleta, moto 4, ou a cavalo, experiências de pesca à linha, montanhismo e o bom e velho jogging, que continua a ser a forma mais imediata e eficaz de fazer o reconhecimento do território e descobrir as cascatas e os lagos que se escondem no meio das árvores. No entanto, estaríamos a mentir se não disséssemos que é sobretudo nas águas da albufeira que a acção principal acontece.

A localização privilegiada, debruçada sobre a Caniçada, permitiu construir um acesso directo à água, com um pequeno cais de atracagem e uma rede de descanso suspensa entre duas árvores para quem prefere ficar a ver em vez de fazer. Não é de lá que partem os passeios de barco nem as expedições em canoa – para isso terá de ir até à marina do rio Caldo e escolher uma das mil e uma actividades de natureza disponíveis – mas se ainda mantém o sonho de infância de navegar a bordo de um barco de borracha, pode perfeitamente trazer um exemplar de casa e lançar-se à aventura, sob a sua inteira responsabilidade. No fim de um dia a remar, vai agradecer a piscina interior aquecida e a massagem de relaxamento muscular que vai encontrar no spa.

O Agrinho Suites & Spa não é um hotel comum por vários motivos, sendo o principal o enquadramento paisagístico do Gerês, mas também por se dividir em duas vertentes de alojamento. Existe o hotel propriamente dito, com 25 quartos com vista de rio, jardim e montanha (alguns com varanda equipada) e uma sala de estar partilhada que é ponto de encontro de quem chega. Mas o que nos fez morrer de amor pelo Agrinho foram as duas casas independentes colocadas na encosta da serra. Desenhadas e projectadas por um arquitecto local, são um exemplo de construção ultramoderna e sustentável, a partir de materiais de pedra e madeira endógenas, e que apesar da estrutura modular e desafiadora das leis da física, casam perfeitamente com o cenário. A casa do lago (desde 42€) tem 2 mil m2 de jardim privado e encaixa até seis pessoas, enquanto a casa do moinho, mais pequena, tem espaço para quatro e a mesma vista desafogada para a albufeira. Durante a estadia está incluído o acesso a todas as valências do hotel, desde a piscina exterior, o spa, a sauna e o restaurante.