Madeira, mergulhos, mar
© André Carvalho
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As melhores praias e outros sítios para mergulhar na Madeira

Mergulhar na Madeira é um daqueles planos que não pode falhar. E para que não falhe, dizemos-lhe quais os melhores sítios para ir a banhos.

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Quando se pensa num paraíso tropical é natural que a memória vá buscar imagens de praias de areia branca, mar esmeralda e temperaturas acima de 30 graus. Na Madeira, porém, a noção de tropical é bastante mais abrangente e nela inclui esse mesmo mar transparente, o clima ameno e praias que se escondem em rochas e cujos acessos podem ser desafiantes, tanto quanto areais pintados a preto que são o resultado da actividade vulcânica do ilha. Fugindo para o Porto Santo, à distância de um voo de 15 minutos, encontrará, aí sim, tudo o que é prometido numa brochura de destino exótico, com a grande vantagem de ter muitos quilómetros de areal para aproveitar.

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As melhores praias e outros sítios para mergulhar na Madeira

Praia do Seixal

Em vez de calhaus, como na maioria das praias da ilha, a do Porto do Seixal, na freguesia do Seixal, em Porto Moniz, tem areia preta, de origem vulcânica. Não tem vigilância, pelo que deve ter cuidado, mas tem um duche externo e é perfeita para fazer desenhos na areia, qual criança, e ficar a observar a rebentação do mar a desfazê-los. Também pode aproveitar para fazer uma exfoliação corporal ali mesmo. Esqueça as praias de areia branca de países tropicais, esta também merece que pouse como uma sereia ou um tritão, o deus marinho filho de Posídon e Anfitrite (a representação masculina da sereia, pois claro).

Piscinas Naturais de Porto Moniz

Formadas por lava vulcânica, onde o mar entra naturalmente trazendo água cristalina, as piscinas naturais do Porto Moniz são um ex-líbris da vila, a que pode aceder por apenas um 1,50€ (sim, a maior parte das piscinas naturais não custam um chavo, mas vai valer a pena). O espaço, composto por uma área de solário e outra de natação, é uma atracção para milhares de turistas, nacionais e estrangeiros, por causa da beleza, mas também pela qualidade da água salgada e das infraestruturas, que correspondem na perfeição ao nível de excelência deste complexo balnear. As temperaturas de águas médias anuais costumam encontrar-se entre os 20º e os 21º graus. Perfeito, pensa. Mas para ficar ainda melhor: estas piscinas contam com um bar de apoio, balneários, parque infantil, posto de primeiros socorros, espreguiçadeiras e chapéus-de-sol para aluguer. Já para não falar da presença constante de nadadores-salvadores.

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Praia do Penedo

Praia pura e dura, da forma a que se está habituado ao conceito de praia, é no Porto Santo. Praias de rochas? Areia preta? Não há. Aqui encontrará o mais próximo de uma praia tropical, tanto em paisagem como em temperatura (do ar e da água). Para fugir às enchentes da zona turística, a praia do Penedo, por estar no extremo sudeste da ilha, longe do centro da cidade, oferece calma, espaço para se estender ao sol e serviços de apoio que não deixam faltar nada, desde parque de estacionamento a cafetaria e casas de banho.

Ponta do Sol

A praia não é grande e por isso presta-se a algumas enchentes, perfeitamente justificadas quando se descobre que é aqui, na ponta mais a sul da ilha, que se encontra a água mais quente da Madeira. O facto de ter forte actividade hoteleira à volta faz com que seja primeira opção para os hóspedes cansados de piscina, pelo que é natural que haja muita rotação de visitantes ao longo do dia. Conte com areia preta, mar calmo e cálido e sol com fartura, tal como o nome indica.

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Fajã dos Padres

Não se nega a um bom desafio? Esta é a sua praia. Ir à praia da Fajã dos Padres implica uma dose generosa de motivação, a começar logo pelo acesso, que é feito através de um elevador que desce por um penhasco até à altura do mar. Lá em baixo, conte com uma zona balnear relativamente pequena e muita pedraria. A água, não sendo especialmente quente, é do mais translúcido que vai encontrar. Recomenda-se atenção ao entrar no mar, sobretudo para evitar as formações rochosas escondidas pela maré alta.

  • Hotéis
  • Hotéis com spa

Ora aqui está um trocadilho bem esgalhado: vinho e divino numa mesma junção de palavras. Com decoração de Nini Andrade Silva, o The Vine (Rua dos Aranhas, 27. 291 009 000) segue a temática vinícola, usando diferentes tons de roxo. No topo, tem uma piscina infinita (e aquecida) com uma vista ímpar do Funchal, tornando-se visita obrigatória para quem quer ir a banhos sem ter de sair do centro da cidade. Também é lá que está o restaurante de fine dining a cargo do francês Thomas Faudry. Há quartos duplos a partir de 175€.

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  • Coisas para fazer

A Madeira é o destino certo para qualquer altura do ano, seja amante de mergulho, de caminhada, de se estender numa espreguiçadeira sem fazer nenhum ou de ficar à mesa horas sem fim a comer iguarias. Nesta lista encontrará planos mais turísticos e outros menos, porque há coisas que tem mesmo de fazer numa primeira ida à ilha da Madeira, como sentir a adrenalina de descer os carrinhos de cesto empurrados pelos carreiros do monte, provar maracujás no Mercado dos Lavradores ou acordar de madrugada para ver nascer o sol num lugar idílico da ilha (também vale a pena o pôr do sol).

Há algumas iguarias obrigatórias quando for de viagem à Madeira. Bolo do caco barrado com manteiga ou lapas e caramujos são algumas delas, óptimas como entrada. Mas no que toca a pratos principais, não vai encontrar nada tão famoso como a espetada (que nos desculpem os amigos vegetarianos e vegan). A espetada típica madeirense é feita com carne de vaca tenra, louro, sal e alho, em pau de loureiro. Os tempos mudaram e agora é servida habitualmente num espeto de metal. Mas não se preocupe porque mantém-se o sabor e sucos, ainda mais realçados com a manteiga posta no espeto já na mesa, que escorre pelos quadrados de carne.

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  • Coisas para fazer
  • Caminhadas e passeios

Uma pequena lição logo de início, porque o provável é não saber o que é uma levada e nós não estamos aqui para julgar, apenas para o encaminhar no sentido certo. As levadas são pequenos canais de irrigação feitos em pedra que servem para redireccionar as águas de uma zona para outra. A sua origem remonta ao século XV, altura em que tinham como função levar e distribuir a água das zonas mais chuvosas do norte pelas zonas mais a sul. Isto significa que, durante um passeio destes, vai poder entrar natureza adentro, seguindo um trilho que acompanha a levada.

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