Madeira
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Dez lembranças para trazer da ilha da Madeira

Para eternizar a viagem no regresso a casa ou fazer um amigo feliz, eis as lembranças que vale a pena trazer da ilha da Madeira.

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As boas viagens não se esquecem facilmente, mas trazer uma lembrança do sítio onde se foi feliz é meio caminho andado para se voltar ao lugar – e há quem não se contente com um simples íman na hora de trazer um souvenir para casa. Nesta lista damos-lhe dez boas ideias de lembranças para trazer da ilha da Madeira (ímanes incluídos, claro). Alguns com sentido prático para além do decorativo, como o “caralhinho” para pôr mãos à obra e reproduzir aquela poncha que bebeu às 10.00 da manhã na ilha ou umas garrafinhas de rum ou vinho Madeira em tamanho de viagem.

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Dez lembranças para trazer da ilha da Madeira

1. “Caralhinho”

Pau da poncha, mexelote ou caralhinho. É o instrumento imprescindível para fazer poncha, a bebida típica da Madeira que sabe a suminho, mas é bem perigosa. Não vai ser fácil arranjá-lo, uma vez que não está à venda em qualquer loja de souvenirs, mas com algum esforço e empenho vai acabar por encontrar. É verdade que pode comprar antes uma básica garrafa de poncha já feita, mas isso não é a mesma coisa. No Mercado dos Lavradores (Mercado dos Lavradores, Funchal. 29 109 8756) arranja um e no aeroporto tem em versão original ou em mais pequena – a original é melhor, para mexer e misturar com vigor a bebida.

2. Íman para o frigorífico

Inevitável. Se é dos que tem o frigorífico já cheio de os marcos por onde foi passando em viagens, acrescente um da ilha da Madeira. O que não falta é variedade – há-os com a cara de Cristiano Ronaldo, cheios de estrelícias, com paisagens clássicas ou em formato da carapuça típica. Encontra-os em qualquer loja de souvenirs (nas promenades, junto ao mar, há várias).

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3. Rum 970

O Rum Agrícola da Madeira 970 é uma referência na ilha desde a década em que começou a ser produzido, a de 1970. Tem um tom âmbar escuro e um grau alcoólico que digere rapidamente qualquer refeição farta, 40%. Pode comprá-lo na destilaria Engenhos do Norte (Rua do Cais, 6, Porto da Cruz.  29 156 3346), onde é produzido, ou no aeroporto naquelas versões mini to go.

4. Rebuçados de funcho

São vendidos em saquinhos transparentes, pouco gourmet, com um aspecto tosco e artesanal. Estes rebuçados de cor alaranjada são típicos da Madeira e têm a planta do funcho na base da sua receita – há plantações de funcho em grande abundância nas encostas da baía do Funchal, zona que deve o seu nome a este facto. Estes rebuçados são bons também para mergulhar no chá e o adoçar ou para misturar na aguardente de cana. Devido às propriedades do funcho, podem ser utilizados também como calmante para a tosse. Bom presente para miúdos e adultos, portanto. Compram-se na Martins & Martins, uma fábrica de pastelaria e doçaria regional madeirense (Caminho Velho da Quinta, 33, São Roque, Funchal. 29 175 1694). 

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5. Bolo de mel

O bolo de mel é presença obrigatória nas mesas de Natal dos madeirenses, mas está à venda durante todo o ano para quem quiser levar um bocadinho da doçaria da ilha para casa. É feito com mel de cana-de-açúcar e conserva-se durante um ano inteiro sem ganhar bolor ou alterar a textura. Para além do mel, farinha e fermento, leva vinho da Madeira, erva-doce, canela, cravinho, nozes, amêndoas, laranja e limão, entre outros ingredientes. Deve ser partido à mão. No centro do Funchal tem a Fábrica Santo António (Travessa do Forno, 27, Funchal. 29 122 0255), com bonitas caixinhas em cartão para levar para casa. Também encontra facilmente versões grandes e pequenas no aeroporto.

6. Vinho da Madeira

É um vinho fortificado, intenso, doce e fresco, produzido na Madeira e reconhecido em todo o mundo. Há quatro tipos principais de vinho da Madeira, designados pelo nome das suas variedades: Malvasia, Boal, Verdelho e Sercial. Dependendo do ano e tipo, os preços vão variando e vai encontrá-lo em formato grande. Na adega da Blandy’s (Av. Arriaga, 28, Funchal.  29 122 8978) pode comprar e pedir para levantar no aeroporto que tratam de tudo por si.

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7. Chocolates

Chocolates é sempre uma boa solução para levar no regresso a casa, seja para comer no avião enquanto lamenta o fim das férias ou para presentear algum ente querido que não foi consigo. A Uau Cacau (Rua da Queimada de Baixo, 11, Funchal. 29 164 4620), chocolataria de produção artesanal e local da Madeira, tem chocolates recheados ora com poncha, ora com rum e vinho Madeira. Isto sem falar das outras opções com fruta da ilha, todos bonitinhos e delicados, a parecer jóias na vitrine da loja no centro do Funchal ou no Mercado dos Lavradores. Leve uma caixa com uma selecção.

8. Chapéus

Chapéus há muitos, mas na Madeira há dois muito típicos: o dos Carreiros do Monte, um chapéu de palha simples, com uma faixa preta a dizer “MADEIRA”; e a carapuça do traje típico, um barrete colorido de forma cónica usado na ilha nos séculos XVIII e XIX, influenciado pelo gorro medieval e carapuços portugueses. Este último é usado hoje apenas pelos grupos folclóricos ou em representações da ilha, e vendido em lojas de souvenirs em vários tamanhos.

Fun fact: dizem os locais que se a ponta do barrete estiver esticada, é porque estamos perante homem solteiro, se estiver torcida, é comprometido.

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9. Bordados

Se não tiver plafond para fazer o enxoval completo ou trazer uma toalha de mesa toda bordada à mão, há opções mais acessíveis e igualmente bonitas, como as bases para copos que não ultrapassam os 2€. Tudo original e à venda na loja da Bordal (Rua Dr. Fernão Ornelas, 77, Funchal. 29 122 2965), onde pode subir ao piso de cima para ver as bordadeiras in loco.

10. T-shirts

O GONNA Creative Studio dedicou-se, em 2013, ao projecto Madeirense Puro, que resultou numa loja própria (Rua D. Carlos I, 39, Funchal. 964 543 951) onde encontra vários produtos com palavras e expressões da ilha, com muito humor à mistura. Junte ao seu guarda-roupa mais uma t-shirt de viagem, mas peça ajuda ao “amigue madeirense” para decifrar o que significa “ir pá casa d’amleinha” ou “deixa-te de cramar”. Há outras expressões estampadas, como “goste mais de ti do que de milhe frite”, qual dedicatória de amor, “vamilhá”, em jeito de vamos lá, ou “o teu cão investe?”, perfeito para os amigos com cães, já que a pergunta é “o teu cão morde?”. Há também bodies para os rebentos, canecas, almofadas, peluches ou autocolantes. Se já foi à ilha e não encontrou esta loja, pode mandar vir do site.

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  • Coisas para fazer

A Madeira é o destino certo para qualquer altura do ano, seja amante de mergulho, de caminhada, de se estender numa espreguiçadeira sem fazer nenhum ou de ficar à mesa horas sem fim a comer iguarias. Nesta lista encontrará planos mais turísticos e outros menos, porque há coisas que tem mesmo de fazer numa primeira ida à ilha da Madeira, como sentir a adrenalina de descer os carrinhos de cesto empurrados pelos carreiros do monte, provar maracujás no Mercado dos Lavradores ou acordar de madrugada para ver nascer o sol num lugar idílico da ilha (também vale a pena o pôr do sol).

Há algumas iguarias obrigatórias quando for de viagem à Madeira. Bolo do caco barrado com manteiga ou lapas e caramujos são algumas delas, óptimas como entrada. Mas no que toca a pratos principais, não vai encontrar nada tão famoso como a espetada (que nos desculpem os amigos vegetarianos e vegan). A espetada típica madeirense é feita com carne de vaca tenra, louro, sal e alho, em pau de loureiro. Os tempos mudaram e agora é servida habitualmente num espeto de metal. Mas não se preocupe porque mantém-se o sabor e sucos, ainda mais realçados com a manteiga posta no espeto já na mesa, que escorre pelos quadrados de carne.

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  • Coisas para fazer
  • Caminhadas e passeios

Uma pequena lição logo de início, porque o provável é não saber o que é uma levada e nós não estamos aqui para julgar, apenas para o encaminhar no sentido certo. As levadas são pequenos canais de irrigação feitos em pedra que servem para redireccionar as águas de uma zona para outra. A sua origem remonta ao século XV, altura em que tinham como função levar e distribuir a água das zonas mais chuvosas do norte pelas zonas mais a sul. Isto significa que, durante um passeio destes, vai poder entrar natureza adentro, seguindo um trilho que acompanha a levada.

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