As galerias de arte no Porto que tem mesmo de conhecer

Existe há mais de duas décadas e foi a primeira a abrir na Rua Miguel Bombarda, iniciando uma concentração de galerias nessa zona. Trabalha sobretudo com artistas consagrados, mas também há lugar para emergentes.

Tem uma área generosa e vista excepcional sobre o Douro, mas o mais importante é o seu calendário de exposições, feito de artistas conhecidos e por descobrir.

É uma das mais recentes inquilinas do quarteirão das artes. Fundada no início de 2020, a Tilsitt Gallery aposta na arte contemporânea e está empenhada em mostrar o trabalho de artistas locais e internacionais, emergentes ou já consagrados. Pela galeria – uma das mais bonitas por estes lados, diga-se –, vai encontrar as esculturas em bronze de Lothar Vigelandzoon, pinturas figurativas de Mario Henrique e pinturas abstractas de Gérard, entre muitas outras obras de artistas que vale mesmo a pena conhecer.

É uma das galerias mais antigas da cidade, mas nem por isso deixa de ter sangue novo a circular na sua programação. Tem revelado diversos artistas em início de carreira.

Apesar de recente, já marcou o seu lugar na cidade. Destaca-se pelo acompanhamento da carreira de uma série de artistas promissores, estando a provar que as apostas têm sido certeiras. 

Inaugurada em Outubro de 2022, é uma extensão da galeria Águas Furtadas, um cantinho colorido no Centro Comercial Bombarda de onde não dá vontade de sair. Todos os meses, na Cor Própria, pop-up que nasceu da necessidade de dar mais destaque aos artistas residentes na loja da rua do Almada, elege-se um tema, uma cor e um artista. Além de ilustrações de artistas nacionais, por lá vai encontrar também muita cerâmica autoral e bonito estacionário, entre outras coisas amorosas.  

Uma galeria onde se procura explorar de forma apaixonada as cores e formas mais fora da norma. Com origem nos lugares mais profundos e remotos da natureza humana.

O Espaço SP620, na Rua Santos Pousada, dedica-se exclusivamente à fotografia, tendo como mote um ciclo designado Salut au Monde!, o título de um poema célebre de Walt Whitman.

Ana Trabulo e Andrew Winn são os responsáveis por este espaço na Rua do Loureiro, no qual a criatividade anda à solta e é conjugada de várias formas, a começar pelos trabalhos dos dois fundadores. A primeira tem pinturas à venda, assim como cadernos, sacos de pano, postais e outros produtos que aí virão. Já Andrew Winn é especializado na linogravura, concebendo edições limitadas com vários tipos de desenhos. Mas há muitos mais criadores. Kasia Harciarek, Pati Naka, Vital Lordelo e João Paulo Figueiredo são alguns dos nomes numa lista que irá sendo aumentada com o passar do tempo.

É uma das mais antigas galerias do Porto e deve o nome à conhecida obra de Almada Negreiros e Amadeo de Souza Cardoso, K4 O Quadrado Azul. Desde cedo que se distinguiu por dar a conhecer novos artistas, ao mesmo tempo que mantém a exposição regular de outros já consagrados. Álvaro Lapa, Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Bruno Pacheco, Carlos Velilla, Eduardo Arroyo, Fernando Lanhas, Fernando Távora, Ignasis Rosés, Jorge Queiroz, Leonel Moura, Miguel Palma, Nadir Afonso ou Artur Barrio são alguns dos artistas que por lá passaram. Em 2006 desceu até Lisboa e abriu uma segunda galeria na Rua Reinaldo Ferreira.

“Um espaço aberto à discussão onde podem ser abordadas todas as questões que se prendem com a criação.” É assim que se apresenta a Galeria Serpente, de portas abertas desde 1998, que promove activamente o “confronto de ideias” dentro da arte contemporânea. Apesar do destaque dado às exposições de fotografia e às instalações, aqui também cabe escultura, pintura e desenho. Danilo Pavone, Joana Roberto e José Pastor são alguns dos artistas que já deram um ar de sua graça neste espaço.

Ocupa um antigo armazém recuperado, situado em Campanhã. Tem uma programação cuidada, focada em artistas portugueses emergentes ou pouco conhecidos.

Fica num primeiro andar, longe dos olhares de circunstância, mas vale a pena subir as escadas. O prémio é uma série de exposições com um cunho mais experimental do que é costume.

É gerida por uma equipa jovem e Nuno Centeno, que dá nome ao espaço, foi eleito um dos dez galeristas mais respeitados da Europa. Trabalha com artistas de vários países em afirmação no panorama internacional.

Era um talho, mas agora é uma galeria onde se servem outras carnes. A Galeria Ocupa, projecto de Alexandre Teixeira e Filipa Fernandes, artistas e estudantes de Gestão de Património e Artes Visuais na Escola Superior de Educação (ESE), respectivamente, foge ao formato de cubo branco mais tradicional e apropria-se do espaço e dos instrumentos ali deixados para expor criadores emergentes e consagrados. 

Loja e galeria essencial no roteiro de ilustração portuense, serve de rampa de lançamento e espaço de maturação para jovens artistas, locais e internacionais. Além das obras originais, tem prints, livros, t-shirts e tote bags, entre outros produtos.

Aqui poderá ver exposições de desenho, pintura, escultura, fotografia, ilustração, multimédia e tudo o que caiba nestas entrelinhas. As inaugurações são mensais e ocasionalmente a curadoria será entregue a Júlio Dolbeth e Rui Vitorino Santos, os fundadores da famosa galeria Dama Aflita, entretanto encerrada. Também pode comprar tapetes GUR e descobrir objectos criativos na loja.