Bordalo II, Gaia
© DRBordalo II deixou esta obra no anterior GTM. Este ano haverá novas
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Tudo o que precisa de saber sobre o Gaia - Todo Um Mundo

O fórum Gaia - Todo Um Mundo acontece este fim-de-semana e convida os espectadores à viagem pela arte e pelo pensamento. O destino é a consciência ambiental. Conheça as principais rotas desta epopeia

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Vila Nova de Gaia volta a receber o fórum internacional Gaia – Todo Um Mundo (GTM). Entre quinta-feira 27 e domingo 30 vai poder assistir a conversas, concertos, exposições, performances e sessões de cinema, às quais se soma um roteiro gastronómico. O objectivo – ou ambição – é fomentar a consciência ambiental e promover uma sociedade mais justa e equitativa. Tendo as Nações Unidas decretado a água como uma das prioridades para as suas acções, o GTM toma também este como ponto de partida para a sua reflexão, estruturando-se através de rotas que levarão os espectadores para muitos e bons destinos. Eis os seus percursos.

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Tudo o que precisa de saber sobre o Gaia - Todo Um Mundo

Rumo às artes visuais

Haverá um rio paralelo ao Douro, feito de intervenções artísticas de diversos autores. Sendo o tema central a água, será traçado um percurso com obras mostradas ao longo desse caminho, tendo pontos de paragem na Casa dos Ferradores, no Convento Corpus Christi, na Casa-Museu Teixeira Lopes, nos Armazéns da Sogrape e no Centro Interpretativo do Património da Afurada, além de três muros da cidade. Participam nomes como Rigo , Soil Collective, Pedro Calapez, Francisco Tropa, Renato Ferrão e Hernâni Reis Baptista, entre outros.

A caminho da performance

Ana Amorim trabalhou com a Tuna Musical de Santa Marinha para apresentar um espectáculo que envolve quadros dançantes, instalações, textos e vídeo-concertos. Já Rui Catalão irá mostrar no Convento Corpus Christi uma peça com histórias decorrentes de uma assembleia que criou com habitantes locais. Quanto a Maurícia | Neves, vai mostrar no Armazém a sua peça I Can’t See The Sea, dedicada à poluição dos oceanos. Para quem gosta de intimidade, Tiago Vieira propõe Julieta Bebe Uma Cerveja no Inferno, um solo para um só espectador, partindo das palavras da personagem de William Shakespeare, a ver no Espaço Abóbadas.

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Paragem para comer

O chef Cordeiro, que tem no seu restaurante The Blini umas das referências gastronómicas de Vila Nova de Gaia, preparou alguns petiscos para provar em restaurantes e bares do centro histórico desta cidade. Também aqui o tema é a água e estão incluídos espaços como o Artes, Arco Íris, Mamabella, Nix, Sancho Pança, Mercearia do Bernardino, Adega e Presuntaria Transmontana e 7g Roaster, entre outros.

Música adentro

Na frente sonora o GTM tem bons argumentos. Conte-se com a electricidade tuaregue de Bombino, a folk serena de Joan Shelley, o calypso vitaminado de Anthony Joseph, a pop etérea de Marem Ladson e a amálgama cancioneira de Bruno Pernadas, por exemplo. As actuações acontecem em espaços como o Espaço Zé da Micha, o Convento Corpus Christi, o Armazém 22 e a Mercearia do Bernardino.

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Pela tela fora

O cinema no GTM também mete água por todos os lados, com sessões só em locais que a evocam e filmes que a têm como pano de fundo. O grande destaque vai para a estreia na realização da cantora Ana Deus, que irá revelar no Clube Fluvial Portuense uma curta-metragem criada para este evento. Já no antigo Lavadouro, hoje nas instalações da Sogrape, será exibido o primeiro filme de Manoel de Oliveira, Douro, Faina Fluvial, assim como peças documentais com imagens de Gaia entre 1910 e 1940. Sendo estes filmes mudos, a banda sonora será composta pelo rumor da água que corre num riacho junto ao lavadouro. Indo para o Centro Cultural e Recreativo da Beira-Rio (Espaço Zé da Micha), vai-se encontrar filmes como O Botão de Nácar, de Patricio Guzmán, Ama-San, de Cláudia Varejão e O Atalante, de Jean Vigo, entre outros.

Deste lado do pensamento

As conversas são fundamentais neste evento. Tendo os tópicos da iniciativa como guião, serão discutidos assuntos como a precipitação e o futuro da agricultura, com Filipe Duarte Santos, a água e a cooperação para o desenvolvimento sustentável, com Joaquim Poças Martins, o Goldman Environmental Prize, com Mike Sutton (na foto), e a denúncia de más práticas públicas, com LeeAnne Sanders. Decorrem no Convento Corpus Christi e outros locais.

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