1. Em Busca do Tempo Perdido
De Marcel Proust
Número de páginas: 4215 (Versão original)
Com mais de um milhão e 200 palavras, uma obra tão megalómana como esta teria, inevitavelmente, de ser escrita por alguém igualmente excêntrico. Entre 1908 e o ano da sua morte, em 1922, Marcel Proust retirou-se da sociedade e fechou-se no seu pequeno apartamento em Paris a escrever aquela que viria a ser uma das maiores obras de todos os tempos. Tanto em extensão como em reconhecimento. Em Busca do Tempo Perdido está dividido em sete volumes e aborda temas variados, que vão de relatos sobre a Primeira Guerra Mundial a assuntos da vida privada do autor, de teorias sobre a natureza da arte à homossexualidade. Proust escreveu-o durante a noite (levantava-se por volta das três ou quatro da tarde), deitado na cama e encostado a duas almofadas. Subsistia graças a uma dieta espartana, mas muito francesa, que consistia em grandes doses de café e dois croissants. Além de muito ópio, claro, como era costume consumir-se na época e que este dizia aliviar-lhe a asma crónica de que sofria.