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‘ACOTAR’: tudo o que precisa de saber sobre a série de Sarah J. Maas

A premissa, as inspirações e até as teorias dos fãs de um dos maiores êxitos no BookTok. Descubra tudo o que precisa de saber sobre ‘ACOTAR’. Sem spoilers.

Raquel Dias da Silva
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A série de fantasia Corte de Espinhos e Rosas, também conhecida só por ACOTAR (acrónimo para A Court of Thorns and Roses, no original, em inglês), é um dos maiores êxitos no BookTok. No primeiro volume, a protagonista Feyre, uma caçadora de 19 anos, mata um lobo na floresta sem saber que, na verdade, está a matar uma fada e a quebrar um acordo há muito forjado entre fadas e humanos. Em consequência, uma criatura monstruosa aparece em busca de vingança e arrasta-a para uma terra encantada conhecida apenas através de lendas. Ali, porém, a sua prisão é um palácio magnífico e o seu carcereiro não é um monstro, mas sim Tamlin, o Grande Senhor da Corte da Primavera. Em Portugal, Sarah J. Maas é editada pela Marcador (responsável também pela tradução da colecção Trono de Vidro, da mesma autora), que já marcou para Julho o lançamento do segundo volume, Corte de Névoa e Fúria (A Court Of Mist And Fury, no original). Se quiser tornar-se especialista ainda antes de mergulhar no universo das fadas, nós dizemos-lhe tudo o que tem de saber. Sem spoilers.

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Quem é Sarah J. Maas?

Sarah J. Maas, também conhecida como SJM, começou a escrever o seu primeiro romance de fantasia para jovens adultos aos 16 anos. Queen of Glass (Rainha de Vidro, em português), como se chamava na altura, trata-se de um retelling da Cinderela (neste caso a protagonista é uma assassina e visita o príncipe no palácio para conquistar a sua liberdade) e os primeiros capítulos foram publicados na plataforma FictionPress. Depois de ganhar popularidade, SJM decidiu remover a história do site e tentar publicá-la em livro. Renomeado Throne of Glass, o seu romance de estreia, publicado em 2012 pela Bloomsbury, valeu-lhe um lugar entre os autores de maior sucesso nos tops de vendas de The New York Times e USA Today. Em Portugal, Trono de Vidro só chegou em 2015, seguido da publicação do segundo volume, Coroa da Meia-Noite, em 2016. Depois de um hiato de seis anos, o terceiro, Herdeira do Fogo, já está disponível em português. No original, em inglês, já são sete.

Como tudo começou

A Court of Thrones and Roses (Corte de Espinhos e Rosas, em português) é o primeiro volume da segunda série de fantasia de Sarah J. Maas. Publicado em 2015 (a Portugal chegou apenas em 2022), trata-se de uma reinterpretação de A Bela e o Monstro (um dos contos de fadas preferidos de SJM), da lenda norueguesa A Leste do Sol e a Oeste da Lua e do conto de Tam Lin, uma balada tradicional escocesa. Mas tudo começou quando, um dia, a autora ouviu a música “The Demon God”, em A Princesa Mononoke, e imaginou a voz de Feyre, a protagonista de ACOTAR, a narrar uma das primeiras cenas do que viria a ser o seu novo livro, aquela em que a caçadora de 19 anos está prestes a matar um lobo gigante, que é afinal uma fada.

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A série e os spin-offs

Depois do primeiro volume, seguiu-se A Court of Mist and Fury (2016), que está previsto chegar a Portugal em Julho, com o título Corte de Névoa e Fúria. Sem spoilers, só tem de saber que Feyre já não é a mesma. E o seu coração também não. Libertar o povo de Tamlin envolveu vários sacrifícios e a ajuda de novos personagens, como Rhysand ou Rhys, o senhor da Corte da Noite, que passa de nota de rodapé a uma presença importante na história. Neste segundo volume, ficamos a conhecer também Azriel e Cassian, dois dos Illyrianos mais poderosos da história de Prythian; Amren, uma ex-prisioneira e criatura de origens desconhecidas, que desempenha o papel de segunda no comando da Corte da Noite; e Morrigan, a terceira no comando da Corte da Noite. Este círculo íntimo estará presente também no terceiro volume A Court of Wings and Ruin, bem como na novela A Court of Frost and Starlight (ACOFAS), que acompanha o primeiro Natal de Feyre nas Terras Feéricas. Há ainda um spin-off, A Court of Silver Flames, ambientado após os eventos narrados em ACOFAS, que se foca em Nesta Archeron, a irmã mais velha de Feyre.

As teorias dos fãs

Os fãs de SJM não se cansam de especular acerca das origens de certos personagens e até as ligações entre as diferentes séries de fantasia da autora  ACOTAR e TOG (Trono de Vidro) acontecem, supostamente, no mesmo multiverso. Mas um dos maiores mistérios está relacionado com o pai anónimo de Gwyn, a sacerdotisa Gwyneth Berdara, a quem somos apresentados em A Court of Silver Flames. Sabemos que é 3/4 grã-feérica (a realeza das Terras Feéricas) e 1/4 ninfa, que ela e a sua irmã gémea foram resultado do Grande Ritual (uma espécie de noite de amor livre, digamos assim, que é descrita logo no primeiro volume) e que, há 28 anos, há dois possíveis candidatos que não estavam aprisionados debaixo da Montanha: Tamlin e Lucien. Qual deles ou nenhum é o que ainda se está para descobrir. Desafiamos os leitores a descobrirem ou reverem a colecção e a desenvolverem as suas próprias teorias. 

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A adaptação para televisão

Sarah J. Maas está a trabalhar com Ron Moore, produtor de séries como Battlestar Galactica e Outlander, na adaptação de ACOTAR para o pequeno ecrã – mais concretamente, para a plataforma de streaming Hulu. O anúncio sobre o projecto foi feito em Março de 2021, depois de a informação ter sido partilhada, por acidente, pelo marido de SJM, que publicou no Instagram uma fotografia de uma sanduíche, com um bloco de notas no canto que fazia menção à adaptação. Se tudo correr bem, terá múltiplas temporadas, uma vez que já se contam cinco livros e a história está longe de ter chegado ao fim.

Estante Time Out

  • Coisas para fazer

Nunca imaginámos que o TikTok pudesse ser um lugar de peregrinação para bibliófilos. Mas a verdade é que, nas profundezas de uma das aplicações mais populares do último ano – por entre desafios de dança, tutoriais de beleza, memes duvidosos e a presença esmagadora da Geração Z –, há um canto especial para quem não resiste a virar páginas de livros de toda a espécie e feitio. Conhecido como #booktok, este surpreendente santuário literário já soma mais de 21 mil milhões de visualizações. Na vida real, sobretudo no Reino Unido, nos EUA ou no Brasil, o impacto é impressionante: são várias as obras a esgotar ou a entrar nos tops de vendas graças a este fenómeno digital. Em Portugal, devagarinho, os seus efeitos também se começam a sentir.

  • Coisas para fazer

Adora ler ou descobriu há pouco tempo as maravilhas da leitura? Então, se ainda não o fez, está na hora de descobrir as melhores apps e plataformas para o ajudar a fomentar ou até a manter esse hábito. Desde sites para troca, compra ou venda de livros em segunda mão até redes sociais para leitores, esta lista tem tudo o que precisa para continuar a encher estantes e a trocar opiniões com outros bibliófilos. Entre as propostas, encontra inclusive iniciativas portuguesas, como é o caso da app Desvaneio, semelhante ao popular Goodreads mas 100% nacional, e até Heróides, um clube do livro feminista, criado pela actriz e encenadora Sara Barros Leitão.

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  • Miúdos

A leitura é uma peça-chave para a educação dos miúdos e uma das melhores formas de os entreter. Em Lisboa (e arredores) já existem algumas livrarias dedicadas aos mais pequenos, onde a literatura infanto-juvenil é o foco, os livros de editoras independentes – da Pato Lógico à Planeta Tangerina – têm lugar de destaque e o mundo da ilustração é a chave de ouro. Um-dó-li-tá: o difícil é escolher onde comprar. Mas veja estas sugestões de livrarias para crianças, para não perder o fio à meada e deixar que elas tenham as prateleiras do quarto recheadas de letrinhas.

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