Maria Valente
© Marco DuarteMaria Valente
© Marco Duarte

Na casa de... Maria Valente

Entrar na casa desta influenciadora, em Matosinhos, é dar uma volta ao mundo sem apanhar um avião. Fomos bater-lhe à porta.

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Maria tem dois amores. A moda e o mundo. É apaixonada pela primeira desde que se lembra. E tudo começou graças à mãe, que a incentivava a comprar revistas e a fazer recortes das peças de roupa de que mais gostava. Em 2017 criou O Blog da Valentina mas, com o passar do tempo, o Instagram começou a ganhar-lhe terreno. Tem 50 mil seguidores e é com eles que partilha as fotografias dos seus outfits e das suas viagens.

Quando o estado de espírito e o tempo lhe permitem, antes de sair de casa para ir trabalhar vai até à sala de estar e tira uma fotografia ao que tem vestido. “É engraçado porque se as pessoas me encontrarem na rua, como muitas vezes acontece, ficam surpreendidas por estar efectivamente a usar essa roupa.”

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Na casa de... Maria Valente

E como é que definirias o teu estilo? “Como algo muito próprio, que não é imposto pelas tendências”.

Outra parte muito importante da vida de Maria Valente, responsável de comunicação numa empresa de organização de eventos portuense, são as viagens. Não prescinde delas. Gosta de passear e de conhecer novas pessoas e culturas.

Já viajou muito, é certo, e para muitos lugares, mas há duas aventuras que lhe ficaram no coração. Uma foi em Sydney. “É a cidade da minha vida e se tivesse de viver num outro sítio, seria lá”. A outra viagem que também a marcou foi a ida à Índia. “Mudou-me enquanto pessoa, porque conheci gente com muito pouco ou quase nada, mas que era extremamente feliz.”

Em Setembro esteve na Jordânia, no Líbano e no Egipto. Foi concretizar um sonho antigo do pai que, infelizmente, não resistiu a um cancro no pulmão e nunca conseguiu visitar as pirâmides.

Com as lembranças que recolhe e compra durante as suas viagens, vai decorando a casa que partilha com o marido, Francisco, com quem está casada há dois anos. Há objectos vindos de vários continentes, da Europa à Oceânia. E ainda espaço para muitas coisas que vai trazendo de casa da avó e para os livros sobre moda e arte que foi coleccionando ao longo dos anos.

Na casa de... Maria Valente

Boneca japonesa

“Comprei esta boneca no Japão. Quando lá estivemos visitámos várias cidades, adorei todas, mas Tóquio é qualquer coisa de incrível. Gostei imenso da forma educada e cordial como tratam as pessoas.”

Máscara

“Trouxemo-la da nossa viagem ao Sri Lanka. Foi comprada num artesão local e é uma máscara típica de lá.”

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Jarrão

O jarrão Primavera, da Bordallo Pinheiro, decora a mesa de jantar. “É uma das peças mais questionadas pelos meus seguidores. Já tem uns oito anos e comprei-a n’A Vida Portuguesa.”

Disponível por 310€ para encomenda em bordallopinheiro.pt.

Cestas

As cestas que adornam a parede da lareira foram compradas em diferentes países africanos. “As primeiras comprei em Moçambique e, há três anos, fui à Cidade do Cabo e trouxe mais de lá. É tudo artesanal, feito com uma espécie de palha.”

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Sapatos

Comprou os Manolo Blahnik que tem nos pés para usar no seu casamento. O modelo em questão tornou-se um ícone da marca depois de ser usado pela personagem Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) no filme Sexo e a Cidade. 

À venda a partir de 790€ em Farfetch

Mais casas e armários para conhecer

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Treze é o seu número da sorte. Porquê? Porque Rita Matos nasceu no dia 13, às 13.00, no quarto número 13. Mais tarde decidiu criar um blogue de moda, ao qual chamou de Thirteen, e foi há quase dois anos que a sua filha Benedita nasceu também no quarto número 13. Superstições à parte, vamos à história que interessa. Rita é enfermeira, viveu em Londres e, em 2014, por sugestão da irmã, que já lhe conhecia o gosto por moda, decidiu criar um blogue onde começou a partilhar o seu dia-a-dia com quem a lia. Tal como naquela altura, hoje continua a seguir a mesma filosofia, diz. “Gosto de mostrar a quem me segue o que vesti em determinado dia e a minha realidade.” 

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Um cadeirão em tecido brocado com uns braços de madeira aconchegantes, do tempo de Napoleão III, ocupa o centro da sala. Há peças da Companhia das Índias sobre a mesa em frente ao sofá, e outras mais recentes, como os quadros de Fernando Marques de Oliveira pendurados pelas paredes cheias. “Gosto muito de peças antigas. Estou sempre atento aos leilões e leio imensa literatura sobre o assunto. Tenho uma predilecção por objectos dos séculos XVIII e XIX, que geralmente pertenceram a casas com história, carregadas de afectos”, conta o artista plástico, que fez recentemente uma exposição antológica da sua obra na Cooperativa Árvore e no Museu Soares dos Reis, e da qual resultou o livro “Fernando Marques de Oliveira – Espaços Imprevisíveis”. “Esta exposição deu muito trabalho, foi preciso recolher muita coisa em casa de coleccionadores. 

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Molly adianta-se e vem receber-nos à porta. Agita a cauda e deixa-nos entrar em casa, encarnando com sucesso a figura de um mestre de cerimónias. Há um ano que vive com João Pedro Estelita Mendonça, o designer açoriano que chegou ao Porto quando tinha apenas quatro anos e que aos 17 começou a desfilar nas passerelles como manequim. “Rapidamente percebi que não era o que eu queria. Nunca gostei de ter as luzes todas apontadas para mim, por isso, comecei a fazer make-up nos bastidores. Acho que foi a forma que encontrei para continuar a trabalhar no mundo da moda, mas a partir de um outro prisma”, conta o criador de 29 anos, que estudou Design de Moda na Academia de Moda do Porto, e que vai estar no Portugal Fashion que começa esta quinta-feira, dia 19. É na linha de menswear que Estelita Mendonça investe a sua criatividade, sempre com um cunho político-social. “Se tens uma profissão que te permite falar sobre assuntos que a maior parte das pessoas não fala, porque não fazê-lo? Ainda para mais se consegues atingir uma grande plateia.” Criada em 2010, a marca é “um bocadinho mais conceptual e cerebral”. 

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