Andreia Quelhas Lima
© Marco DuarteAndreia Quelhas Lima
© Marco Duarte

No ateliê de... Andreia Quelhas Lima

Perto do Jardim Botânico fica o ateliê da Sopro, uma marca de joalharia inspirada na natureza

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Formou-se em escultura e estudou fotografia e História das Artes. Mas foi preciso um intercâmbio em Florença para Andreia Quelhas Lima perceber que a joalharia era o que realmente queria fazer da vida. Posto isto, voltou para o Porto com uma missão: inscrever-se num curso técnico. É joalheira há 20 anos; começou por fazer exposições e, durante muito tempo, trabalhou por conta própria. Há seis anos conseguiu, finalmente, criar a Sopro. Quando andava à procura de um nome para o seu projecto foi a um concerto dos Clã. Ao ouvir a música Sopro do Coração tudo fez sentido. Segundo a joalheira, a palavra relaciona-se com o design das suas jóias “femininas”, “românticas” e inspiradas na natureza e na botânica.

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No ateliê de... Andreia Quelhas Lima

No ateliê de... Andreia Quelhas Lima

Durante o processo criativo também tem por hábito ir buscar referências a memórias e momentos marcantes da sua vida. É o caso da colecção Fall, que além de ser inspirada no Outono, também remete para a casa dos pais em Ponte de Lima. “Eles têm uma japoneira e a colecção é toda baseada nas folhas que caem dela todos os anos”, conta. É no ateliê, que fica muito perto do Jardim Botânico, que acontece cerca de 50% da produção da marca.

Aqui fazem-se as jóias mais complexas e com mais elementos, dos esquissos aos protótipos, bem como a aplicação manual de pedras naturais, que, encomendadas por Andreia, chegam de países como a Índia e os EUA. Numa empresa em Guimarães é produzido tudo o resto, ou seja, a estrutura das peças. A prata banhada a ouro é a matéria-prima dos brincos, dos colares, dos anéis e das pulseiras. E os artigos que têm texturas são gravados, também à mão, por um artista que colabora com a marca.

A Sopro tem crescido a olhos vistos (já são três a trabalhar no ateliê) e está à venda online e em várias lojas portuguesas. No Porto encontra artigos da marca na So Cosy, na Feeting Room e na B Code. Além-fronteiras, está representada em países como a Austrália, a Holanda, o Reino Unido e a Alemanha. O próximo ano promete novidades. A Sopro vai lançar duas novas colecções. Se gostou do que viu, esteja atento.

No ateliê de... Andreia Quelhas Lima

Livro

“É um livro de botânica [Botany for the Artist: An Inspirational Guide to Drawing Plants] e considero-o um instrumento de trabalho. Ajuda-me a pensar as formas e as texturas das peças. Também tem os desenhos técnicos do interior das plantas.”

Pedras

“Uma delas trouxe de Istambul e os dois quartzos [à direita] foram lapidados por um amigo. São três pedras que guardo religiosamente. Sou uma coleccionadora e tenho imensas caixas.”

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Livro

A joalheira guarda este livro de Rui Chafes, escultor português, pela simbologia que representa: tem o mesmo nome que a sua marca.

Espelho

“É um espelho de senhora, de prata, e anda comigo para todo o lado. Foi a minha mãe que mo ofereceu.”

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Pendente

Esta peça foi feita à mão por Andreia e tem cerca de 420 pedras. “É do início da minha carreira, quando ainda fazia coisas gigantes e mais ligadas à arquitectura”, explica.

Outros ateliês da Invicta

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Contar histórias e ilustrá-las não foi uma decisão, Joana Estrela soube desde muito cedo que este seria um lado muito importante da sua vida. “Sempre gostei muito de desenhar e de escrever. E sabia que ia fazer isto, mesmo se tivesse outro emprego,” conta. Estudou Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes, curso que escolheu por ser abrangente e lhe permitir explorar diferentes áreas. Enquanto não arranjava emprego, começou, quase sem querer, a criar um portefólio de ilustração e a reunir alguns clientes. Pouco depois, dedicou-se a escrever e a fazer banda desenhada. Propaganda, o seu primeiro livro, é deste género. Recomendado: No ateliê de... Isabel Castro Freitas
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  • Floristas
A natureza foi sempre uma parte importante da vida de Isabel Castro Freitas. Os avós e os pais viviam em casas com jardins e quintais onde ela passava muito tempo. Talvez seja por isso que decidiu estudar Arquitectura Paisagista. “Escolhi o curso porque tinha um grande fascínio pelo Gonçalo Ribeiro Teles [político e arquitecto paisagista português] que fala da natureza com muito encanto”, explica a flower designer. Quando começou a trabalhar, rapidamente percebeu que tinha queda para o detalhe e para os pormenores, ou seja, gostava de escolher flores, misturar texturas e brincar com cores. Começou por fazer coroas para pôr nas portas das casas. um dia publicou uma fotografia do seu trabalho nas redes sociais e desde então não pára de coleccionar fãs.  Recomendado: No ateliê de... Oupas! Design
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