Star Wars: Uma Nova Esperança (1977)
©DRStar Wars: Uma Nova Esperança de George Lucas
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Os piores e os melhores filmes de ‘Star Wars’

Porque a data é para ser comemorada, passámos em revista todos os filmes da saga. 'May the 4th be with you'. Os fãs entenderão

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Será O Império Contra-Ataca, realizado por Irvin Kershner em 1980, o melhor de todos os filmes de Star Wars? E será mesmo A Ameaça Fantasma (1999), de George Lucas, o pior? Mas onde se encaixam aventuras paralelas como Rogue One (2016), de Gareth Edwards, ou Han Solo (2018), creditado a Ron Howard, no meio disto tudo? Agora que parece ter chegado ao fim a saga dos Skywalker, iniciada há muito tempo, numa galáxia muito, muito distante, respondemos a estas e outras perguntas com uma lista em que cabem todos os filmes da série.

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Os piores e os melhores filmes de ‘Star Wars’

1. ‘A Guerra das Estrelas’, de George Lucas (1977)

Também conhecido por Episódio IV – Uma Nova Esperança, o filme inaugural do universo criado por George Lucas em finais da década de 70 é um aplicado, afectuoso, inventivo e jubilatório pastiche dos velhos e ingénuos (mas deliciosos) serials de ficção científica e das space operas de série B de décadas anteriores, feito com meios com que estes nunca sonharam. Com ele, Lucas conquistou o imaginário colectivo de milhões e milhões de espectadores em todo o planeta, revolucionou as bilheteiras, a ficção científica cinematográfica, o modelo das superproduções e o próprio merchandising dos filmes.

2. ‘O Império Contra-Ataca’, de Irwin Kershner (1980)

Muitos dos fãs dos filmes da série apontam este segundo da trilogia-mãe como sendo o seu favorito, e as assinaturas no argumento de Leigh Brackett, conceituadíssima autora de ficção científica e argumentista de fitas como O Imenso Adeus ou Rio Bravo, e de Lawrence Kasdan, têm muito a ver com isso. Pela sua história empolgante e a rebentar de peripécias, pela realização seguríssima de Irwin Kershner e pela forma como consolida o universo narrativo da série, O Império Contra-Ataca é não só um dos seus momentos mais altos, como também um dos melhores filmes do género.

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3. 'Star Wars: Episódio II – O Ataque dos Clones’, de George Lucas (1999)

Depois de abrir a segunda trilogia da saga com o decepcionante A Ameaça Fantasma, que deixou muitos fãs desiludidos após tantos anos de espera, Lucas corrigiu o tiro neste segundo filme, onde continua a narrar os acontecimentos que precederam os que são contados nos três inaugurais. Visualmente, em termos da arrumação e do desenvolvimento do enredo, e da pura espectacularidade, O Ataque dos Clones está vários furos acima de A Ameaça Fantasma, apesar da evidente fragilidade de algumas das interpretações. Mas a saga não foi feita para dar Óscares aos actores.

4. 'Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith’, de George Lucas (2005)

Também nesta segunda trilogia não há unanimidade entre os fãs, já que muitos acham que o seu terceiro filme é o melhor de todos, enquanto outros “torcem” por O Ataque dos Clones. É em A Vingança dos Sith que tudo se resolve e encaixa, e que todos os cordelinhos da intriga têm que ser devidamente atados, e o filme, o mais soturno, atarefado e intenso desta trilogia, cumpre, apresentando pelo menos uma sequência inesquecível: a do duelo – físico e mental – entre Yoda e o sinistro conde Dooku de Christopher Lee, uma das grandes aquisições da saga neste seu segundo tempo.

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5. ‘O Regresso de Jedi', de Richard Marquand (1983)

Apesar de ser o episódio de todas as resoluções da primeira trilogia, do confronto decisivo entre a Aliança Rebelde e o Império, O Regresso de Jedi costuma ser apontado como o filme mais fraco da mesma – apesar de não ser de forma alguma um A Ameaça Fantasma. É verdade que O Regresso de Jedi padece, por exemplo, de um excesso de exposição dos fofinhos Ewoks. Mas mais não fosse, a batalha final de meia hora, com a acção a alternar entre a floresta e o espaço, e o duelo entre Luke Skywalker e Darth Vader, seguido da grande revelação da saga, compensam as coisas que funcionam menos bem.

6. ‘Rogue One: Uma História de Star Wars’, de Gareth Edwards (2016)

Surpresa: é o primeiro filme autónomo da saga A Guerra das Estrelas (baptizada Star Wars: Antologia) que se revela mais fiel ao espírito e à letra da trilogia-mãe, e que vem injectar-lhe frescura e vitalidade, e descomplicá-la. Na concepção, na vibração, nas peripécias e nas personagens (com a despachada Felicity Jones a brilhar no papel da heroína Jyn Erso), Rogue One revela uma identidade de space opera genuína e muito bem-vinda. A estupenda batalha final, travada em terra e no ar, no cenário de uma ilha de um planeta tropical, é uma das melhores de toda a saga.

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7. 'Star Wars: A Ascensão de Skywalker’, de J.J. Abrams (2019)

Não é fácil resolver com limpeza num filme de duas horas e vinte minutos uma saga cinematográfica de ficção científica que já dura há várias décadas . Mas J.J. Abrams conseguiu fazê-lo. Star Wars: A Ascensão de Skywalker puxa as alavancas narrativas e emocionais certas, contempla todo o tipo de situações a que a saga nos habituou, vai buscar personagens bem-amadas do passado, exibe na tela os 300 milhões de dólares que custou a rodar e, no final, deixa os fios da história todos bem atados e o título explicado.

8. ‘Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma’, de George Lucas (1999)

Diz-se que há uma versão de seis horas deste primeiro filme da segunda trilogia, e que é excelente, mas muito poucos a viram. A realidade é que as pouco mais de duas horas da versão oficial de A Ameaça Fantasma não satisfizeram a maioria dos fãs, que esperava há 16 anos pelo regresso da saga, em que Ewan McGregor interpreta um jovem Obi-Wan Kenobi e são contados os acontecimentos anteriores à trilogia original. Uma das razões para essa insatisfação foi Jar Jar Binks, uma personagem de alívio cómico que acabou por simbolizar tudo o que está mal com o filme.

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9. 'Han Solo: Uma História de Star Wars', de Ron Howard (2018)

Há três bons motivos para ver este western espacial. O primeiro é um alienígena, Chewbacca, que nesta fita sobre a juventude de Han Solo (aceitavelmente personificado por Alden Ehrenreich) trava conhecimento com o seu futuro amigo e parceiro de aventuras galácticas; o segundo é uma dróide, L3, a co-piloto de Lando Calrissian, em permanente e ruidoso comício pelos direitos dos seus, que acaba por liderar uma revolução de robôs; e o terceiro é a presença, na realização e a assinar o argumento de gente que sabe o que faz, respectivamente Ron Howard e Lawrence Kasdan (este acompanhado pelo seu filho Jonathan).

10. ‘Star Wars: O Despertar da Força’, de J.J. Abrams (2015)

Com a Lucasfilm vendida à Walt Disney, a saga foi reactivada, mas a verdade é que a Força voltou a meio gás, 30 anos depois dos acontecimentos narrados em O Regresso de Jedi. J.J. Abrams queria de certeza estar à altura da trilogia original, mas não foi capaz. No seu melhor, O Despertar da Força é um decalque esforçado, de momentos, figuras, lances e sequências espectaculares do primeiro filme. E o novo vilão, Kylo Ren, interpretado por Adam Driver, um Darth Vader de terceira escolha, revela-se pura e simplesmente embaraçoso. Este filme é um clone imperfeito.

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11. ‘Star Wars: Os Últimos Jedi', de Rian Johnson (2017)

Esperava-se que Os Últimos Jedi fosse melhor que O Despertar da Força, mas nada feito. Apesar do regresso de Mark Hamill, agora interpretando Luke Skywalker como um velho Mestre Jedi, o filme é laborioso, muito explicativo e de uma espectacularidade rotineira e automatizada, o estereótipo do gigantismo da epopeia galáctica. Apenas Hamill, sempre que está em cena, traz consigo um lastro de boas, vibrantes e comoventes recordações da trilogia que inaugurou a saga. Tal como a personagem a que dá corpo, Hamill está mais velho, mas também mais sábio e mais poderoso.

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