Braga Romana: viva como um romano durante cinco dias

Do baptismo à brincadeira, do casamento à cova. O quotidiano dos romanos e as suas cerimónias e rituais serão recriados no centro histórico. As ruas vão ser palco de combates de gladiadores, de um baptizado, de um casamento e de um funeral romano. Malabaristas, músicos, fadas, bailarinas e soldados trazem artes circenses, simulações bélicas e personificações mitológicas. Visite o acampamento militar no Largo Paulo Osório, a casa romana no Largo de Santiago e a escola no Rossio da Sé, com ferrarias, escultura, tecelagem e perfumaria. Nos mercados pode comprar chás, especiarias e as primeiras cerejas do ano. Na zona das termas vai estar instalada a quinta, com animais campestres e exóticos, como répteis e serpentes, e uma casa com cabeleireiros, massagistas e floristas. Penteie-se como um patrício, coroe-se com grinaldas de flores e mime o corpo com uma massagem.

No subsolo de Braga há segredos do tempo dos romanos por descobrir, escondidos debaixo das construções medievais e modernas da cidade. Mas muito está à vista de todos. Visite o Museu D. Diogo de Sousa, a Fonte do Ídolo, as termas romanas no Alto da Cividade e os vestígios no Seminário de Santiago, na estação ferroviária e nas Frigideiras do Cantinho – aproveite e prove uma frigideira, um pastel folhado de carne típico de Braga. No sábado 18 acontece uma visita guiada por espaços em fase de musealização que ainda estão fechados ao público, como a necrópole do Liberdade Street Fashion, a ínsula das Carvalheiras e as ruínas de São Martinho de Dume. No domingo 19 pode participar numa caminhada no Gerês, num troço da antiga via romana, entre as milhas XXXII (Portela do Homem) e XXVIII (São João do Campo), num total de 11 km.

Há muitas formas de lembrar o passado. Celebrá-lo no presente, com vinho e carne a assar nas brasas, é certamente uma das mais apelativas. Nas várias tabernas, distribuídas pelo Largo das Carvalheiras e Largo de São Paulo, podem ser apreciados néctares, petiscos e pratos de inspiração ou receita romana, recriados a partir de De Re Coquinaria, livro escrito por um conselheiro do imperador Nero. As regras são rígidas: são apenas permitidos alimentos que existiam no tempo da Bracara Augusta. Ou seja, nem chocolate, nem batatas. Mas prepare-se para sandes de porco preto, bifanas, moelas, chouriça assada, crepes artesanais, pão com chouriço cozido em forno de lenha e muito mais. E não se esqueça de prestar homenagem ao deus Baco com variados vinhos, licores, cervejas artesanais, hidromel e ginjinha, servida em amorosos copinhos de barro.