Lançaram-se muitos e bons discos este ano, que dariam uma bela prenda. A pensar nisso, preparamos-lhe esta lista com sete discos do Porto para oferecer este Natal
Se ainda lhe faltam riscar presentes da lista e anda sem ideias, chegou ao sítio certo. Aqui encontra sete discos do Porto para oferecer este Natal, que valem a pena ser ouvidos uma e outra vez. Afinal, num ano de forte colheita a nível musical, no qual a Invicta demonstrou que continua a ser uma terra de poetas e de rockers, de electrónica luxuriante e de rap insólito, cada vez mais aberto ao mundo, haverá algo melhor do que música para presentear os seus amigos e família nesta época? Boas escolhas.
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O poeta maior da canção portuguesa convocou compositores como José Mário Branco, David Fonseca, Hélder Gonçalves e Pedro da Silva Martins para criar músicas. Delas se apoderou e as fez suas. Canibalizou-as. Mestre em métrica, malabarista de palavras, impõe-se como poeta instintivo e interventivo. Toma o pulso de um Portugal imperfeito enquanto se ausculta a si próprio.
Preço: 10€.
Nos últimos anos estiveram ocupados com projectos paralelos, cresceram como músicos e produtores. Regressaram com as coordenadas de sempre, mas com novas ideias e uma energia renovada. O quinto disco dos X-Wife é rock’n’roll hedonista sintonizado no século XXI com balanço de pista de dança, um som de euforia fruída no corpo. Foi bom reencontrá-los.
Preço: 11,99€.
A convite da Casa Fernando Pessoa, Ana Deus e Luca Argel desenharam um livro-disco assente nas palavras do poeta múltiplo. A poesia, música da alma, é recortada pela guitarra e por ruídos vários do quotidiano, a música do mundo. O duo tem o dom de fazer a poesia deslizar na voz, transformando e actualizando Pessoa.
Preço: 15€.
Numa corrente transatlântica de melancolia e alegria, a unir o que o oceano separa, o primeiro disco do colectivo luso-brasileiro consolida a celebração que têm levado aos palcos portuenses. O seu samba de raiz canta a gentrificação e a resistência, para que as cores que existem dentro de cada brasileiro nunca se apaguem.
Preço: 10€.
A luxúria púrpura de Prince e os prazeres dos anos 80 são o motor do segundo álbum da dupla. Em nove canções em tom de desabafo emocional, a feitiçaria electrónica de Ed Rocha Gonçalves envolve-se na sensual sauna da voz de Catarina Salinas, que canta as inquietações dissimuladas de um mundo de interligações. Inspiraram-se no passado para sonhar com o futuro.
Preço: 11,99€.
Carolina Brandão (bateria) e Carlos Jesus (guitarra) são uns sacanas sem lei. São só dois, mas fazem mais barulho do que muitos. Despejam fúria e feedback com flores mas sem floreados. Tudo bem berrado e bem suado em canções sobre pânico e paranóia, mascaradas de bizarros contos sci-fi. São uma das melhores coisas que aconteceram ao Porto nos últimos anos.
Preço: 12€.
As canções de Francisco Silva têm um coração que crepita quente e lentamente. Nos seus lábios e por entre os seus dedos, a solidão e a melancolia tornam-se apetecíveis. Num disco reduzido a voz e guitarra, saboreia-se a simplicidade e a serenidade em dez músicas de delicadeza descarnada. Chapels é um disco de vulnerabilidade e um espaço de recolhimento.
Preço: 9,99€.
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