Foi a 4 de Fevereiro de 2005 que Mário Carvalho, emblemático empresário da noite portuense, abriu o Café Lusitano, um dos primeiros bares gay do Porto. Com o seu estilo antiquado e as paredes de madeira, o espaço, que agora é também restaurante, rapidamente se tornou ponto de encontro na noite da comunidade LGBT+, além de uma referência cultural na cidade. Por lá, ainda hoje passam todo o tipo de eventos, de sessões de poesia a lançamentos de livros, teatro e concertos de diversos géneros musicais – canto lírico, fado, electrónica ou pop.
Um dos destaques desta programação ecléctica são as apresentações de drag queens e transformistas. Salvo raras excepções, há dois espectáculos por noite, onde participam pelo menos duas artistas, de quarta-feira a sábado, a partir da meia-noite. Dyanne Star, Ashley Scarlati e Susana Mastroianni são os nomes mais conhecidos do público do Lusitano, mas volta e meia há performers convidadas.
Um evento popular da casa é o Porto Drag Festival, celebrado duas vezes por ano. Nasce da vontade de “mostrar que há diferentes versões do transformismo (hoje mais conhecido internacionalmente como drag) e que apenas um nome não reflecte a variedade e a complexidade desta arte”, explica a direcção. Dos performers que cantam ao vivo aos artistas que dão tudo na produção, da irreverência e ousadia de alguns números a bailarinos extraordinários, por este palco passam todos os tipos de talentos.