As 12 melhores tascas no Porto

Quando chegar a este espaço, vai logo dar conta dos canários a chilrear em gaiolas à entrada. Depois, sente-se ao balcão e atire-se aos rojões suculentos, mergulhados num molho guloso a saber a cominhos, às fatias de salpicão de Cinfães ou aos cubos de queijo de Celorico da Beira. Obviamente que os presuntos de Castelo Branco são a estrela da casa, por isso, não se esqueça de provar as sandes.

É mítica, histórica e impossível de contornar. A Badalhoca é uma das tascas mais emblemáticas da cidade. As sandes de presunto são o ex-líbris, mas há outros, como a de tripa ou a de fígado. A dona Maria de Lurdes Guedes, boavisteira de coração (basta olhar para as paredes da tasca), comanda as tropas e é, há muitos anos, a alma desta casa.

Quando se entra n'O Astro, em frente à estação de Campanhã, vê-se gente a comer com vontade. Pedem o caldo verde, que está sempre a sair quente, e as famosas bifanas molhadinhas e em doses generosas. Sempre com um ou dois finos ao lado para ir aguentando o picante.

Fica muito perto da marginal e da esplanada consegue ver-se o rio. No entanto, nem todos a conhecem como Adega Rio Douro. Para muitos é a Tasca da Piedade. Porquê? Porque é a dona Piedade Rodrigues quem segura as rédeas da casa há 40 anos. Às terças-feiras há fado vadio e vale a pena assistir.

Há mais de 50 anos que a arte dos cachorrinhos é aprimorada no Snack-Bar Gazela. E fama não lhes falta, a contar pela quantidade de pessoas que enche o balcão. O pão é fino e estaladiço, a salsicha e a linguiça são de grande qualidade, e o queijo é derretido para amparar os enchidos. No final, tudo é pincelado com manteiga e molho picante. Se estiver muita gente, vá ao Gazela Entreparedes, do outro lado da rua.

Nota Prévia: a Expresso aqui referida é a Casa Expresso e não o Restaurante Expresso, vizinho do lado, com ligação no interior. E estas quatro estrelas são dadas sobretudo às sandes da tasca. Valem pelas incríveis e bojudas sandes de rojões, pelas de panado de porco e de fígado de cebolada, e também pela mousse. Ao almoço há propostas como o pratinho de feijoada a 4€ (uma pratada infinita, aliás), alheiras com ovo e outros pratos tradicionais. Tudo a preços pré-crise.

O Golfinho é pequenino e acolhedor. Tem um balcão corrido, meia dúzia de mesas e pouco mais. Mas a escassez
é só no espaço, porque a comida é bem servida. Na carta simples e directa, encontra francesinhas que levantam a moral num dia chuvoso, com ou sem ovo e batatas fritas; pregos no prato; cachorros especiais e bacalhau à Brás. Nas sobremesas há pudim caseiro, bolo de bolacha, mousse de chocolate, natas do céu, entre outras coisas para devorar.

Portuense que é portuense conhece A Casa Guedes. A verdade é que ninguém resiste às sandes de pernil, com ou sem queijo da Serra. Tudo começou há quase 30 anos, quando os irmãos César e Manuel Correia compraram esta antiga casa de pasto ao senhor Guedes. Actualmente, A Casa Guedes tem mais dois espaços – um a poucos passos da casa-mãe, na Praça dos Poveiros, e outro no edifício do antigo Café Progresso, na Rua Actor João Guedes.

Há bons motivos para adorar uma tasca e o presunto pode muito bem ser um deles. Na Casa Louro esta iguaria chega de Chaves, Felgueiras e Amarante, e é servida com broa de Avintes. O preço é calculado ao quilo, mas nunca ninguém leva com menos de 50 gramas no prato. Do outro lado do balcão pedem-se copos de vinho para completar o repasto. 

Perto da estação de Campanhã, A Viela é um espaço bem à moda do Porto. O bife da casa, servido com batatas fritas cortadas à mão e arroz seco, é uma boa opção ao almoço. Para sobremesa, experimente um pudim de ovos caseiro. Durante a tarde há tripas enfarinhadas, morcela frita, panados, presunto e bucho.