A origem do nome, que inevitavelmente faz disparar a pergunta “Lagoa Azul, como o filme?” – e que convém não confundir –, é explicada pelos da terra com poucas certezas. Há quem não se estenda muito e diga que é por causa da cor da água (óbvio), outros garantem que é pelo reflexo da cor do céu, e há ainda quem se perca na conversa e acredite tratar-se de uma benção da natureza para fazer as pessoas felizes. Na verdade o Lago Azul tem a designação oficial de Praia Fluvial da Castanheira e foi, em 2012, uma das finalistas das 7 Maravilhas – Praias de Portugal. Não é uma praia fluvial tradicional por não dispor de “areal” ou de zonas de descanso à beira da água, oferecendo em alternativa uma enorme piscina flutuante com uma parte exclusiva para crianças, nadador-salvador e plataformas espaçosas para estender a toalha e montar o piquenique.
Este texto podia contar a história da barragem que mudou para sempre a paisagem e o curso do rio Zêzere, mas quem não conhece a Albufeira de Castelo do Bode só vai acreditar na existência de um lago paradisíaco mais azul do que o céu quando lá for confirmar. E é exactamente isso que queremos, que suba até ao distrito de Santarém para ter uma das melhores revelações da vida: o imenso Lago Azul e as suas magníficas praias fluviais. Estamos em Ferreira do Zêzere, numa localização central, entre Lisboa e Coimbra, mas pouco conhecida por quem não é de lá. Nos últimos anos passou a fazer parte do mapa estival não só graças ao wakeboard (já vamos explicar tudo direitinho) mas também pelo aumento da procura por uma minoria saudável de pessoas que prefere a calma do rio à agitação do mar.