O A Place at Evoramonte tem quatro quartos, um deles é uma suíte com casa de banho privada (com direito a uma banheira vitoriana de pés e a vários álbuns do Tintim na parede) e uma vista PALplus sobre a planície – quem precisa de televisão quando se tem um ecrã destes? Há ainda uma área comum com jogos de tabuleiro, um minibar e um terraço onde se podem ver as estrelas enquanto se bebe um copo de vinho (e são vários os produtores que estão a menos de meia hora de distância, como João Portugal Ramos, a Herdade das Servas, Tiago Cabaço ou a Herdade do Freixo).
No local onde fica agora a esplanada estava anteriormente um estacionamento de um café. Felizmente inverteram-se os papéis e agora já se pode almoçar ou jantar com uma paisagem desafogada pela frente. É também nesse terraço que os hóspedes podem provar o pequeno-almoço continental até às 11 horas, depois disso a zona passa a estar acessível a quem lá quiser passar.
É nessa mesma varanda que está Jorge Safara, habituado a fazer viagens com grupos até seis pessoas para ver aves. “Há 80 a 90 espécies de pássaros nesta zona”, explica, antes de parar a conversa para espreitar um abutre negro pelos binóculos — “uma ave que dificilmente nidifica em Portugal”, diz.
Toda a casa guarda objetos que o casal trouxe das suas viagens. Ao todo, já passaram por 45 países (assinalados num mapa mundo com pioneses azuis) como o Vietname, a Austrália, as Filipinas, a África do Sul, Cuba, Tanzânia ou Seychelles. Por agora, vão ficar bastante tempo em Evoramonte.