Coimbra
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Viagens: Volta a Coimbra em 24 horas

De passagem por Coimbra, fomos saber o que mudou na “velhinha” do Mondego. Descobrimos coisas novas e relembramos outras que não podem falhar numa visita à cidade

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Coimbra demorou a acordar para a modernidade e viveu a última década entretida com a ideia confortável de ser uma cidade de estudantes virada para a movida nocturna. Os bares de shots e bebidas baratas com selecção musical duvidosa, néons e público acabadinho de atingir a maioridade tomaram conta do centro histórico e assim se foi vivendo até a cidade perceber que, sendo maioritariamente da população universitária, também é dos outros todos. A procura turística disparou nos últimos dois anos e com
 ela apareceram uma série de negócios que, juntamente com os clássicos, deram novo fôlego à vida “coimbrinha”. Traçamos-lhe o roteiro ideal pela cidade dos estudantes, terminando invariavelmente já de manhã. Só lamentamos não termos tido tempo para mais.

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Viagens: Volta a Coimbra em 24 horas

Para bruchar

Com o corpinho a pedir alimento, é na Cafetaria Simone, enquadrada no Hotel Tivoli, na Baixa, que vai encontrar substância para começar o dia. Abriu em Abril do ano passado e reacendeu a moda do brunch na cidade. Espaço altamente instagramável, com montras gulosas, cadeirões de veludo e janelas rasgadas para a 
rua, comprova à mesa que os pratos não são só bonitos mas também bem preparados. Tem três menus de brunch (9€ a 15€), entre as 10.30 e 
as 15.00, que variam entre o Healthy, baixo em calorias e portanto não recomendável em manhãs difíceis; o Académico, que junta um cachorro quente com bacon 
e ovo estrelado, brigadeiros, uma bebida quente e um sumo do dia; e o Simone, mais composto, para comer sem pressa, e que inclui ovos Benedict, fruta, croissants, compotas e um brownie.

Rua João Machado, 4. 239 858 300. Seg-Dom 07.00-23.00.

Para ir de passeio

Um dia é pouco para conhecer o património histórico e natural de Coimbra mas antes de lhe dar aquela ansiedade de não saber onde ir, há uma nova linha de autocarro que em pouco menos de uma hora varre uma grande parte dos checkpoints turísticos da cidade. O trajecto liga a zona ribeirinha, o Convento São Francisco, o Mosteiro de Santa Clara, o Portugal dos Pequenitos e o Parque Verde à zona histórica da Alta, com destino à Universidade. O caminho faz-se pela mata do Jardim Botânico (na foto) em mini-autocarros híbridos e tem o custo de 1,60€. Do brunch até à paragem à beira-rio, no Largo da Portagem, são 10 minutos a pé.

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Para almoçar

O Café Cervejaria Borges não aparece em roteiros turísticos nem nunca se fez valer de publicidade de espécie alguma. É uma casa de amigos que se tratam por tu e existe há mais de 30 anos no espaço de uma antiga leitaria. Apresenta-se como um café aparentemente normal, daqueles que dispensa um conceito, e esconde atrás do balcão as melhores bifanas da cidade. Pão de bico ligeiramente tostado, carne cortada finamente e sem vestígios de gordura, mergulhada num molho secreto cuja receita
 o próprio Borges, dono e senhor da casa, se recusa a revelar. Acompanha com o picante caseiro e um fino geladinho, tirado na perfeição. Uma bifana custa 2,20€ e pelo mesmo preço também há tostas de galinha
 bem recheadas, pelo que o ideal é pedir uma de cada e aconchegar o estômago antes de seguir viagem. Aproveite a esplanada com vista para o Jardim Botânico. Fica a dica.

Avenida Marnoco e Sousa, 5. 93 930 4926. Seg-Sáb 9.00-22.00.

Para conhecer

Em Coimbra o caminho faz-se a pé e desde o local de almoço até ao Museu Nacional Machado de Castro são pouco mais de 10 minutos. O trajecto, em direcção à Alta, passa pelos Arcos do Jardim (o antigo aqueduto da cidade) e mesmo à porta de duas das mais antigas repúblicas de estudantes. Depois de subir um bocadinho, é sempre a descer até à porta do museu. Cerâmica, pintura, escultura e artes decorativas compõem o espólio daquele que é considerado um dos mais completos expositores de Belas-Artes em Portugal, com três unidades interligadas: um criptopórtico romano com galerias subterrâneas (3€), e o antigo Paço Episcopal agora ligado a uma ala moderna assinada pelo arquitecto Gonçalo Byrne.

Largo Dr. José Rodrigues. 23 985 3070. Qua-Dom 10.00- 18.00, Ter 14.00-18.00. Entrada: 6€.

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Para jantar

Directamente do The Fat Duck de Heston Blumenthal, em Londres, Luís Martins regressou a Coimbra em 2016 para agitar as águas com o Notes Bar & Kitchen, um restaurante e bar que tanta falta fazia à oferta gastronómica da cidade. Cozinha de autor que usa os produtos tradicionais como matéria-prima, apresentação cuidada e serviço exemplar compõem o trio de ataque da casa, mas são as carnes maturadas que se distinguem na carta. O lombinho de vaca com couve-flor gratinada com trufa, batata fondant e brócolos (22,5€), servido como deve
 ser, numa tábua de madeira, é obrigatório, logo depois do escabeche de cavala (4,50€), perfeito para abrir o apetite. Óptima garrafeira com diversas opções a copo.

Rua Doutor Manuel Rodrigues, 17. 23 915 1726. Ter-Sáb 12.00- 14.30 / 18.30-22.30.

Para ir de festa

Dê as voltas que der, é na Praça da República que começa a noite. Rodeada pelos cafés mais emblemáticos da cidade e outros direccionados para a bebida fácil e barata, é paragem obrigatória para começar a animar o espírito. Entre os cafés Académico e Tropical, é preciso ter sorte para encontrar mesa livre na esplanada (mesmo no Inverno), mas como ficar de pé ainda não é proibido, não se acanhe de ir pedir um fino ao balcão e vir para a rua ver as vistas. Sem sair do perímetro da Praça, no Aqui Base Tango (na foto), uma casa inteira de três pisos entregue à animação cultural e nocturna, há salas para dançar, beber e jogar matraquilhos até às 4.00. Se o tempo estiver de feição, a esplanada costuma ser animada – durante o dia é palco de concertos e DJ sets.

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Para descansar

Em Coimbra a noite tende a ser longa e a deixar sequelas, pelo que quando vir os primeiros raios de sol é chegada a altura de ir à cama. O Penedo da Saudade – Suites & Hostel, aberto desde o Verão do ano passado, tem camaratas para partilhar
 e quartos duplos com casa de banho privativa, uma suíte e um terraço com vista para a zona nova da cidade. A casa de traça antiga conserva o chão de tábua corrida, as portadas de madeira e os tectos altos e aposta num conforto minimalista que se distingue pelas camas de dossel e pelas janelas rasgadas para a rua.

Avenida Dr. Marnoco e Sousa, 18 B. 23 904 9889. Desde 23€ (dormitório) e 130€ (suítes).

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Muito Alto, muito louro, muito pouco preocupado com
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 Não prometemos neve mas uma experiência imersiva na natureza e no património em estado puro.
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