Museu de Lisboa - Palácio Pimenta
Francisco Romão Pereira
Francisco Romão Pereira

Melhores exposições documentais para ver em Lisboa

Acervos, colecções, arquivos, património natural e cultural – é a sua onda? Bem-vindo ao cantinho das documentais.

Helena Galvão Soares
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No Museu de LIsboa|Palácio Pimenta há toda uma nova ala para descobrir no primeiro andar, dando-se assim por concluída a reformulação do museu, iniciada em 2015. "Amílcar Cabral, uma Exposição" está agora na Amadora, mesmo junto à estação CP, na sua versão itinerante. No Museu de História Natural e Ciência, não perca a excelente "Illustrare", sobre ilustração científica portuguesa. Em Cascais, duas documentais: a história de Gabrielle Chanel, no Centro Cultural de Cascais, e "Fernando Lopes-Graça, retratos de um compositor", com fotografia de Augusto Cabrita, na Casa Verdades de Faria. E já lhe dissemos para não perder "Lisboa em revolução 1383-1974", no Museu de Lisboa, Palácio Pimenta?

 

Exposições documentais em Lisboa

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Com os soldados romanos, chegavam também à Península Ibérica as suas mulheres, escravas e amantes, de que a história pouco reza. Nesta exposição, os objectos encontrados no sítio arqueológico de Augusta Emerita - a actual Mérida, que era capital da província romana da Lusitânia, à qual Felicitas Iulia Olisipo/ Lisboa pertenceu administrativamente - permitem dar voz a estas mulheres e recuperar o rasto das suas vidas. Integrada na programação da Mostra España, esta exposição é uma parceria do Museu de Lisboa-Teatro Romano com o Festival Internacional de Teatro Clássico de Mérida, o Consórcio Ciudad Monumental de Mérida e o Museo Nacional de Arte Romano.

Museu de Lisboa-Teatro Romano. Rua de São Mamede, 3 A. De 2 Out até 24 Nov. Ter-Dom 10.00-18.00. 3€ (entrada livre ao domingo até às 14.00 para residentes no concelho)

  • Arte
  • Estrela/Lapa/Santos

Estas não são umas estampas quaisquer. A mais recente exposição do Museu do Oriente enaltece a relação entre duas das mais proeminentes artes japoneses, a xilogravura e o Kabuki, uma forma de teatro popular. A mostra exibe 91 estampas e 11 objectos do acervo da Fundação Oriente nunca antes mostrados, numa viagem pelos bastidores desta expressão cultural, desde meados do século XVIII ao início do século XX. A preparação dos actores, o estatuto de celebridade que tinham na época, a estrutura dos palcos, instrumentos musicais, trajes e adereços. Estão também previstas quatro visitas guiadas pelas comissárias da exposição, Hannah Sigur e Beatriz Dantas (27 Set, 25 Out, 15 Nov e 13 de Dez). 

Avenida de Brasília, Doca de Alcântara. De 27 Set até 29 Dez. Visitas guiadas: 27 Set, 25 Out, 15 Nov e 13 de Dez. Ter-Dom 10.00-18.00, Sex 10.00-20.00 (entrada gratuita das 18.00-20.00). 8€

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  • Coisas para fazer
  • Exposições
  • Lumiar

Um edifício conta muitas histórias. Ainda mais quando esse edifício viveu umas quantas e fez subir ao palco muitas mais. Com curadoria de Tiago Bartolomeu Costa, a mostra tem fotografias, maquetes, trajes, desenhos e tudo o que se possa imaginar, e é uma oportunidade para ver curiosidades como os figurinos que fizeram parte da encenação de Auto da Alma, por Almada Negreiros, ou um cartaz com o desenho técnico da construção do fosso de 20 metros de profundidade onde foi instalado o palco giratório nas obras de 1964-78. 

Erigido em 1846, o Teatro Nacional D. Maria II partiu da ideia de criar um teatro para o país que apresentasse um repertório que reflectisse a identidade cultural e política de Portugal. A presente exposição parte da mais célebre deixa do teatro português, "Romeiro, romeiro, quem és tu?" para reflectir sobre tudo isto. Leia a notícia aqui.

Museu Nacional do Teatro e da Dança. 6 Jun-29 Dez. Ter-Dom 10.00-13.00, 14.00-18.00. Próximas visitas comentadas: 12 Out (Sáb) e 7 Dez (Sáb). 5€ (entrada livre ao abrigo dos 52 dias de visitas grátis)

 

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  • Vida urbana

Do Marquês à Expo’98. Há 350 anos de história na renovada ala do Museu de Lisboa | Palácio Pimenta. Mais do que uma reabilitação do património edificado – que começou em 2015 no piso térreo e em 2021, com a reabertura deste, no andar de cima –, o discurso museológico foi reorganizado, reescrito e enriquecido. Numa linha cronológica, começa agora com os primeiros achados arqueológicos, do Paleolítico até ao século XVII, altura em que os visitantes são encaminhados para a nova ala – 11 salas onde a história de Lisboa é pormenorizadamente contada até ao final do século XX. Leia mais aqui e aproveite a entrada livre ao domingo para ir conhecer as novidades.

Museu de Lisboa| Palácio Pimenta. Campo Grande, 245. Ter-Dom 10.00-18.00. 3€ (entrada livre ao domingo)

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  • Belém

Anunciada pelo MAAT como "a mais ambiciosa exposição da obra de William Klein no continente europeu, depois do seu falecimento", "O Mundo Inteiro é um Palco" – título tirado a Skakespeare, que Klein andava a reler – tem a curadoria de David Campany, conhecido investigador contemporâneo na área da fotografia e amigo do fotógrafo norte-americano (1926-2022).

Klein, mais conhecido pelas suas fotografias de moda na Vogue, fez exuberantes livros de fotografia de rua, foi pintor figurativo e abstracto, designer editorial e escritor dos seus próprios livros, realizador tanto de cinema experimental pop como do mocumentário satírico Who Are You Polly Maggoo?. Klein foi-se apaixonando por diversas formas de arte ao longo da sua vida e dedicando-se a elas. "Para ele, tudo era uma aventura criativa que se ia desenrolando, cruzando as vanguardas e o mainstream, encontrando espaços entre a cultura comercial e uma independência convicta", diz Campany. Leia a notícia completa aqui.

MAAT. Avenida de Brasília (Belém). Qua-Seg 10.00-19.00. 11€ (grátis 10.00-13.00 no 1.º Dom do mês)/ 30€ passe anual

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  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

O Museu de Lisboa começou a preparar a sua exposição comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril em 2022 e o resultado pode ser visto no Pavilhão Preto. Chama-se “Lisboa em revolução 1383 – 1974. 6 momentos que mudaram a nossa história. 1383, 1640, 1820, 1836, 1910, 1974”, é comissariada por Daniel Alves, do Departamento de História e Instituto de História Contemporânea da Nova-FCSH, e tem projecto expositivo de António Viana (espere rigor, beleza – e surpresa).

Além de ecrãs em que é feito um enquadramento histórico de cada um dos seis momentos revolucionários, vai encontrar expostos objectos extraordinários (como a reconstituição de um telégrafo visual e uma montagem do levantamento da planta de Lisboa de 1904-11, que junta as 249 plantas que o compõem e que cobre toda a parede que abre a exposição, apesar de estar em escala reduzida), e objectos nunca antes vistos, como o mapa de Portugal com o planeamento da operação militar do 25 de Abril, cedido por um dos capitães do Conselho da Revolução. A título de curiosidade, há ainda um desconcertante quadro que visto de um ângulo é um retrato de D. Miguel e de outro a cabeça de um burro.

 “Temos 135 peças expostas e só 40 são do Museu de Lisboa, o resto veio de fora. Foi uma exposição muito desafiante, tentámos ir ao encontro das escolhas do comissário”, diz Paulo Almeida Fernandes, investigador do Museu de Lisboa e coordenador da exposição. “Tenho que dizer que foi muito divertido fazer esta exposição, com esta equipa extraordinária, divertimo-nos muito. Espero que isso se note na exposição”, diz Daniel Alves. A parede que fecha a exposição, com frases surrealizantes da época, como “Nem mais um faroleiro para as Berlengas”, “Nem mais um anticiclone para os Açores”, dá certamente uma nota de humor. Mais subtil será o quadro de Salazar exposto sobre uma cadeira, composição a que António Viana chegou enquanto visitávamos a exposição ainda em montagem. A não perder.

Pavilhão Preto, Palácio Pimenta, Museu de Lisboa, Campo Grande, 245. 26 Mai-05 Jan. Ter-Dom 10.00-18.00. 3€ (entrada livre ao domingo). Visitas orientadas pelo comissário, Daniel Alves: 9 Jun 11.00, 21 Set 15.00, 5 Out 11.00, 30 Nov 15.00, 8 Dez 11.00 (3€, inclui museu)

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  • Princípe Real

Esqueça a maratona de exposições para ver tudo no Museu Nacional de História Natural e Ciência, em que chega ao fim sem poder ver um expositor à frente no próximo meio ano. Aproveite a entrada gratuita de domingo e vá ver uma – e uma só – exposição ao Museu Nacional de História Natural e Ciência: esta. A exposição divide-se por 14 tópicos, a ler e ver com atenção, além de as próprias ilustrações merecerem observação detalhada.

Sabia que as primeiras ilustrações científicas portuguesas foram publicadas em 1578? Ou que o rei D. Carlos fazia ilustração científica? O tópico do Novo Mundo (Brasil) e o de África merecem atenção demorada, pelo exotismo das espécies. Idem, para o dos Açores e a sua fauna a mais de 1000 metros de profundidade (na imagem). A exposição vai de um mosaico romano de Faro, que representa um detalhadíssimo salmonete, aos jovens ilustradores portugueses que usam diversas técnicas digitais. E há visitas orientadas às sextas, sábados e domingos, das 15.00 às 16.00 (tem de se inscrever antes).

MUHNAC. Rua da Escola Politécnica, 56 (Príncipe Real). Ter-Dom 10.00-17.00. 6€ (grátis: Dom 10.00-13.00)

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  • Grande Lisboa

Desde 12 de Setembro, já pode ser vista, na Amadora, "Amílcar Cabral, uma Exposição", que é uma versão itinerante da exposição que esteve no Palácio Baldaya em 2023, e teve curadoria científica de José Neves e Leonor Pires Martins. Esta versão itinerante é a forma de a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril evocar o nascimento do líder independentista africano. A exposição percorre a vida de Amílcar Cabral e mostra como as lutas contra o colonialismo uniram pessoas e instituições, evocando o seu legado. Veja mais no site 50x2.

A 14 de Setembro, sábado, às 16.30, no Centro Cultural de Cabo Verde, em Lisboa, é lançado o catálogo da exposição, Cabral Ka Mori, com apresentação feita pelos autores, José Neves e Leonor Pires Martins. O catálogo guia o leitor por 50 objectos reveladores de momentos e lugares da vida de Amílcar Cabral. É também lançado O Mundo de Amílcar Cabral, uma colecção de estudos de especialistas e de testemunhos de contemporâneos de Cabral.
Espaço Delfim Guimarães, ao lado da estação CP (Amadora). Ter-Sáb 15.00-19-00. De 12 Set até 30 Out. Entrada livre

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  • Lisboa

Esta terça, 1 de Outubro, vá à Loja do Cidadão do Saldanha à inauguração da exposição "Cogumelos e mixomicetos – biodiversidade de Monsanto" e fique a conhecer mais de 300 espécies de cogumelos que partilham com outros milhares de seres vivos o ecossistema único que é o Parque Florestal de Monsanto. Esta exposição é uma das formas de celebração dos 90 anos de existência do parque.

Loja do Cidadão do Saldanha. Seg-Sex 09.00-19.00. Entrada livre

  • Coisas para fazer
  • Baixa Pombalina

Pensar o futuro da habitação, à luz do contexto económico e social, mas também dos avanços tecnológicos e das alterações climáticas, é o mote de "Mais do que Casas: Como vamos habitar em abril 2074?". Com curadoria dos arquitectos Teresa Novais e Luís Tavares Pereira, a exposição, organizada pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto em parceria com o Mude, engloba cerca de sessenta propostas de mais de 1700 estudantes, 281 docentes e 25 cursos de todo o país. No piso 2 do Mude, adiantando-se às novas exposições que o museu se prepara para inaugurar no último trimestre do ano, a mostra conta com design expositivo do Diogo Aguiar Studio.

Rua Augusta, 24. Dom, Ter-Qui 10.00-19.00, Sex-Sáb 10.00-21.00. 11€. Entrada livre: Sex a partir das 17.00 e Dom 10.00-14.00. Mais informações em mude.pt

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