No seu livro O que se vê da Última Fila, Neil Gaiman fala sobre o carácter obsessivo que rodeou a preparação e elaboração deste livro de Alan Moore.
Mary Fields trabalhou num convento durante dez anos, mas quando um homem se queixou de que ela ganhava mais dois dólares por mês do que ele, Mary zangou-se e pegou na espingarda. Houve um tiroteio, o homem ficou ferido, Mary foi despedida, e o homem foi aumentado. A mulher abriu um restaurante, e cedo entrou em falência, por dar comida a toda a gente, mesmo que não lhe pagassem. Aos 60 anos, concorreu ao posto de carteira. Ficou com o trabalho por ser a mais rápida a atrelar seis cavalos. Tornou-se a segunda mulher e a primeira afroamericana a trabalhar para os Correios dos EUA.
A aventura da mulher que conseguia "derrubar qualquer cowboy com um único murro" é apenas uma das inúmeras que compõem o segundo volume destas Histórias de Adormecer para Raparigas Rebeldes, uma edição Nuvem de Tinta em que o glamour, as facilidades e os finais felizes nem sempre são convocados, para não falar que ninguém perde sapatos em escadarias nem espera por beijos de príncipes.
Mais ou menos famosas, geólogas, maratonistas, espias, juízas, guardas florestais e actrizes, entre muitas outras áreas, são revisitadas desde o final do século XIX aos nossos dias, num volume que compila os trajectos extraordinários de mulheres por todo o mundo, exemplos de coragem, iniciativa e irreverência.
Francesca Cavallo e Elena Favilli, italianas fixadas na Califórnia, fundadoras do grupo de media Timbuktu, assinam este livro, que conta com as ilustrações de diferentes mulheres. Siga aqui as novidades das raparigas rebeldes.