Um lutador que se preze nunca tira a máscara. Ou melhor: um luchador que se preze. No México a lucha libre é mais do que desporto nacional, e as máscaras não são um disfarce carnavalesco. Mesmo em casa, luchadores e família continuam a conviver com elas e em "Do Carnaval à Luta Livre. Máscaras e Devoções Mexicanas", no Museu de Lisboa – Palácio Pimenta a partir de sábado, mostra-se como a ligação da lucha libre às tradições mais ancestrais e religiosas deste país não é descabida.
São cerca de 250 máscaras feitas entre o final do século XIX e o ano passado, que mostram um cruzamento de influências europeias, indígenas, africanas, astecas, religiosas e pagãs. Anthony Shelton, antropólogo, andou a passar o México e estas artes carnavalescas e religiosas a pente fino nos anos 1970 e 80 e regressou à América do Sul no ano passado para se actualizar. O resultado é a esta exposição que mostra que no Carnaval ou na luta, quando se põe a máscara ganha-se um certo poder. Escolhemos sete máscaras que, nisto de ter poderes, não escondem nada.
Leia mais sobre a exposição na Time Out desta semana.
Campo Grande, 245. 8 de Julho, a partir das 17.00 (entrada livre)/ Ter-Dom 10.00-18.00. Até 1 de Outubro. 3€