Mona Lisa
No dia 28 de Janeiro de 2024, duas mulheres atiraram sopa de tomate à Mona Lisa, no Museu do Louvre, em Paris, e exigiram o direito à “alimentação saudável e sustentável”, bem como melhores condições de trabalho para os agricultores franceses. Posteriormente, numa série de publicações nas redes sociais, a Reposte Alimentaire, movimento do qual as activistas responsáveis pelo sucedido fazem parte, afirmou querer chamar a atenção para a produção insustentável de alimentos e para a fome em França, apelando à “integração da alimentação no sistema geral de segurança social”. Mas a verdade é que a obra de Leonardo da Vinci não foi realmente danificada, uma vez que se encontra protegida por um vidro à prova de bala, que foi instalado em 1956 depois de um homem ter tentado cortar a tela com uma lâmina de barbear (não se sabe porquê). Nesse mesmo ano, já havia vidro, um outro homem apedrejou-a só porque lhe apeteceu e, apesar do impacto ter feito saltar uma lasca de tinta, a peça foi facilmente restaurada. Entretanto, já a atacaram com spray (em 1974, no Museu Nacional de Tóquio, por uma senhora de cadeira de rodas, que protestava contra a falta de acessibilidade), uma chávena de chá (em 2009, no Louvre, por uma mulher russa a quem tinha sido negada a cidadania francesa) e um bolo (em 2022, novamente no Louvre, por um homem numa cadeira de rodas que revelou ser um activista pelo clima).