Castelo Neuschwanstein
©Carsten StegerCastelo Neuschwanstein
©Carsten Steger

Da realidade à ficção: sete locais que inspiraram cenários de filmes Disney

À boleia dos 100 anos de vida, a Walt Disney reuniu uma lista com locais que serviram de inspiração a algumas produções.

Renata Lima Lobo
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É a 16 de Outubro que a Walt Disney assinala o seu 100.º aniversário. Uma celebração que levou a gigante do entretenimento a partilhar uma lista de sete locais bastante reais que serviram de inspiração para cenários de algumas das mais conhecidas produções da sua história. Do castelo da Bela Adormecida à vila do Pinóquio, são vários os locais que os fãs da Disney podem efectivamente visitar e fazer de conta que estão nos mundos imaginados ao longo de várias décadas pelos criativos da Disney. Da animação à imagem real, conheça sete locais espalhados pelo mundo que foram o ponto de partida de vários cenários.

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Cruella (2021)

Liberty (Londres, Reino Unido)

É uma das mais recentes longas-metragens da Walt Disney, mas este cenário está cheio de história. Trata-se dos Liberty London, os icónicos armazéns de luxo localizados desde 1924 na Great Marlborough Street (West Side), a segunda morada dos armazéns que abriram em 1875 na vizinha Regent Street. No filme Cruella, o enredo tem lugar na década de 70 do século passado, altura em que Cruella de Vil (interpretada por Emma Stone) era uma aspirante a designer de moda, conseguindo um emprego nos Liberty London, onde começa a mostrar o seu talento. A propósito, o filme venceu o Óscar para Melhor Guarda-Roupa.

Os 101 Dálmatas (1961)

Regent’s Park (Londres, Reino Unido)

O Regent's Park é um dos espaços verdes mais populares de Londres e começou por ser um terreno de caça para o rei Henrique VIII. Concebido por John Nash em 1811, permanceu um espaço exclusivo da realeza até 1845, ano em que foi aberto ao público. E é neste parque não muito distante do primeiro emprego de Cruella de Vil que as personagens principais do filme de animação Os 101 Dálmatas se conhecem: os dálmatas Pongo e Perdita e os seus tutores Roger e Anita. Nessa cena, os cães acabam por atirar os humanos para o lago, após as trelas se entrelaçarem na sequência de um emocionante encontro.

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Ratatui (2007)

Le Train Bleu (Paris, França)

Este é apenas um dos restaurantes franceses que serviu de inspiração à equipa de criadores do filme de animação Ratatui, sobre um ratinho chamado Remy, com sentidos bastante apurados que sonha em tornar-se chef de cozinha, como o seu ídolo humano, Auguste Gusteau. "Inspirámo-nos em vários restaurantes franceses, mas o Gusteau's é o restaurante mais ornamentado de todos... Está repleto de enormes arcos dourados, murais no tecto e grossas cortinas vermelhas, e tem uma escala palaciana, o que o torna o cenário perfeito para o pequeno Remy tentar tornar-se um chefe de cozinha", disse o designer de produção Harley Jessup, citado num comunicado enviado pela Walt Disney. A história do Le Train Bleu remonta a 1900, quando foi construído o buffet da Gare de Lyon, por ocasião da Exposição Universal. O arquitecto da estação ferroviária, Marius Toudoire, ficou encarregue do desenho do novo espaço que oferecesse uma experiência gourmet num ambiente luxuoso. Em 1963, o buffet passou a chamar-se Le Train Bleu, em homenagem à linha Paris-Vintimille, onde no século XIX viajava o comboio que servia as cidades da Riviera Francesa ao longo da costa mediterrânica.

A Pequena Sereia (1989)

Dubrovnik (Croácia)

Além de ter servido de cenário para King’s Landing, a capital dos Sete Reinos de A Guerra dos Tronos (temporada dois), Dubrovnik serviu de inspiração para o desenho do castelo do Príncipe Eric, o interesse amoroso de Ariel, no filme de animação A Pequena Sereia (e mais recentemente no filme de imagem real). A Cidade Velha é uma das mais bem preservadas cidades medievais do mundo, um recinto muralhado classificado como Património Mundial pela UNESCO. Os edifícios com telhados vermelhos e a localização à beira-mar inspiraram o cenário costeiro e a arquitectura medieval do castelo do príncipe da Disney.

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Alice no País das Maravilhas (1951)

Great Fosters (Egham, Reino Unido)

A menos de uma hora de carro de Londres está localizada uma casa senhorial do século XVI, transformada em hotel em 1931. Charlie Chaplin ou Orson Welles foram alguns dos hóspedes deste edifício que integra a National Heritage List for England, a base de dados de bens patrimoniais protegidos no Reino Unido. Quem se passeou pelos jardins, ainda que virtualmente, foi a heroína do filme de animação Alice no País das Maravilhas. Tudo porque, em 1935, Walt Disney visitou o The Great Fosters e anos mais tarde se recordou do labirinto de topiaria desta casa para criar a cena onde vemos Alice perdida no labirinto.

Pinóquio (1940)

Rothenburg ob der Tauber (Alemanha)

A pequena cidade medieval na Baviera lembra um conto de fadas. A sua arquitectura e os edifícios bem conservados são um chamariz para os turistas que passeiam pelas ruas de pedra dentro das muralhas da cidade, onde encontramos várias casas em enxaimel, a técnica de construção que apresenta aquelas conhecidas vigas em madeira nas fachadas. Um ambiente mágico que acabou por servir de inspiração para a aldeia do filme Pinóquio.

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Castelo de A Bela Adormecida na Disneyland (Florida)

Castelo Neuschwanstein (Alemanha)

A Bela Adormecida tem vários castelos espalhados pelo mundo. E um deles abriu portas antes da estreia do filme de 1959. Trata-se da residência da princesa na Disneyland da Florida, inaugurada em 1955 e inspirada no Castelo de Neuschwanstein, que é na verdade um palácio situado na Baviera. Construído no século XIX, é por sua vez inspirado na obra do compositor Richard Wagner, muito admirado pelo então rei Luís II. Desde a morte do soberano que o monumento está aberto a visitas e actualmente decorrem obras de restauro no interior, que deverão terminar na Primavera de 2024.

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